DOC: Um capítulo encerrado! Banco Central sela o destino!

O Documento de Ordem de Crédito (DOC) é um método de transferência bancária criado pelo Banco Central em 1985, que permite envio de até R$ 4.999,99, mediante a cobrança de taxa, variável conforme a instituição financeira na qual a operação é feita.

Esta modalidade é ainda mais demorada do que a Transferência Eletrônica Disponível (TED), que entrou em vigor em 2002.

Nas transferências via DOC, o beneficiado recebe o valor em sua conta apenas no dia útil seguinte, caso a operação seja realizada até às 21h59, caso contrário, apenas no próximo dia útil.

Assim, fica claro o motivo pelo qual o método vem caindo em desuso, principalmente quando lembramos do Pix, que cada vez mais ganha usuários no dia a dia, batendo recordes de volume de transações e de uso.

Com tudo isso em mente, os bancos irão suspender as operações via DOC até o fim de fevereiro do próximo ano, exclusivamente por conta da queda nas operações do tipo nos últimos anos, será aplicada tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

Conforme levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base nos dados do próprio BC, em 2022 foram feitas apenas 59 milhões de transações via DOC, equivalendo a somente 3,7% do total de 63,071 bilhões de operações no decorrer do ano. Confira o ranking abaixo:

• Pix: 24 bilhões de transações;
• Cartões de crédito: 18,2 bilhões de transações;
• Cartões de débito: 15,6 bilhões de transações;
• Boletos bancários: 4 bilhões de transações;
• TEDs: 1,01 bilhão de transações;
• Cheques: 202,8 milhões de transações;
• DOC: 59 milhões de transações.

Outra operação que será descontinuada será a de Transferência Especial de Crédito (TEC), utilizadas exclusivamente por empresas para repasses de pagamentos de benefícios destinados aos funcionários.

“Com o surgimento do Pix e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito e instantâneo”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney, em nota.