Cultivo proibido: As plantas surpreendentes que você não pode ter no Brasil

Como todos sabemos, o Brasil é um país riquíssimo em biodiversidade. No entanto, o país também possui uma legislação bastante específica e rigorosa, que proíbe o cultivo de determinadas plantas consideradas nocivas à saúde pública ou à segurança nacional.

Ao contrário do que muitos podem pensar, não é apenas a maconha (Cannabis sativa) que é proibida, mas ela é definitivamente a mais conhecida e combatida. Para além da popular erva, existem mais sete espécies vegetais na lista negra das autoridades brasileiras, que iremos abordar no decorrer do texto.

Plantas com o cultivo proibido no Brasil

As plantas proibidas no Brasil são aquelas com substâncias entorpecentes ou psicotrópicas, ou seja, capazes de alterar o estado de consciência e o funcionamento do sistema nervoso central. Essas substâncias podem ser utilizadas na produção de drogas ilícitas, como a cocaína, LSD e afins.

A proibição do cultivo dessas plantas tem como base a Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, que regulamenta a extração, a importação, a exportação e a produção de diversos psicotrópicos, entorpecentes, precursores e imunossupressores.

Apesar disso, a Portaria prevê que as espécies podem ser cultivadas para finalidades científicas ou medicinais, desde que haja uma prévia autorização especial concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

Agora que você já conhece a legislação que proíbe o cultivo de determinados vegetais em território brasileiro, conheça quais são essas plantas.

Coca – Erythroxylum coca

Imagem: Greentellect Studio / Shutterstock

Essa é a planta da qual se extrai a cocaína e o crack, nativa da América do Sul. Seu uso tradicional é relacionado aos povos andinos, que mascam as folhas para combater a fome e o cansaço. A cocaína pode causar dependência, paranoia, ansiedade e problemas cardíacos.

Maconha – Cannabis sativa

Imagem: Hanohiki / Shutterstock

Como mencionado, esta é a espécie mais popular e combatida no Brasil, mesmo sendo recorrentemente assunto de debates e discussões sobre sua liberação ou não. Existe um Projeto de Lei em trâmite que prevê a legalização do cultivo em alguns casos específicos, mas ainda é proibido plantar a erva.

Salvia divinorum

Imagem: Lipatova Maryna / Shutterstock

Esta é uma planta originária do México, também conhecida como a sálvia dos videntes ou a erva-divina. Por conter salvinorina A, provoca alterações sensoriais intensas e breves, mas pode causar sensação de despersonalização, desorientação espacial e temporal e perda de controle motor.

Papoula – Papaver somniferum L.

Imagem: by America / Shutterstock

É dessa planta que se obtém o ópio e seus derivados, como a heroína e a morfina. Ela é nativa da Ásia Menor e tem uso medicinal desde a Antiguidade. Por sua vez, o ópio pode causar dependência física e psicológica, depressão respiratória e morte por overdose.

Trombeteira – Brugmansia suaveolens

Imagem: Tanya_Terekhina / Shutterstock

Trata-se de uma planta ornamental, popularmente chamada de trombeta ou trombeteira. Contém alcaloides que provocam intensas alucinações e delírios, além de ser capaz de causar paralisia muscular, boca seca, taquicardia e até morte.

Prestonia amazonica

Imagem: Reprodução / Maryjuana

Como o nome diz, essa espécie é nativa da floresta amazônica. Contém uma substância alucinógena usada por certos grupos indígenas em seus rituais, mas pode causar vômitos, náuseas, convulsões, tremores e arritmias cardíacas.

Cravagem do centeio – Claviceps paspali

Imagem: Reprodução / Maryjuana

Este é um fungo que infecta algumas espécies de gramíneas e cereais. Por ser rico em ergotamina, é possível ser utilizada para sintetizar o ácido lisérgico (LSD). O consumo de alimentos contaminados pelo fungo pode causar uma doença fatal chamada de ergotismo.

Peiote – Lophophora williamsii

Imagem: Reprodução / Maryjuana

É uma espécie de cacto originário do México e dos Estados Unidos, muito rico em mescalina. A substância é um alucinógeno capaz de causar distorções visuais e auditivas, alterações de humor e percepção do tempo, além de vômitos e náuseas.