Economia
Demanda de energia bate recorde histórico, com forte onda de calor
Consumo nacional ‘saltou’ 12 mil MW, do final de setembro a meados deste mês
Maior patamar da história, a forte onda de calor que se abateu sobre o país fez a demanda de energia elétrica subiu de 100.955 megawatts (MW), na última terça-feira (14), para 101.475 MW hoje (15), ou seja, em apenas um dia, superando a marca de 100 mil MW, pela primeira vez na história, apontam dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Para que se tenha uma ideia da disparada do consumo– devido ao uso intensivo de aparelhos, como ventiladores e ares-condicionados, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste – desde o recorde anterior, de 97.659 MW, medido em 26 de setembro último, até hoje (15), a demanda de energia elétrica ‘saltou’ 12 mil MW.
“A principal razão para esse comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil (em São Paulo, alguns termômetros mostraram 40ºC no início da tarde),” explicou o operador do sistema, em nota.
Em outra projeção, levando em conta apenas os primeiros dias de novembro até hoje (15), o incremento da demanda pelo insumo registrou avanço de 16,8%, ao passar de 86.800 MW para os já citados 101.475 MW.
Sem risco, a princípio – Apesar do avanço do consumo, especialistas do setor avaliam que os ‘picos’ de demanda não representam, a princípio, risco de desabastecimento no país, uma vez que há excedente de energia.
No aspecto da oferta, a capacidade atual de geração de energia elétrica é de 200 mil MW, mas em ritmo de crescimento, por conta da contribuição de fontes energética renováveis, como as eólicas e parques solares assina o coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro.
“É claro que, eventualmente, poderia ocorrer o que vimos recentemente com Furnas (que provocou em agosto um apagão) ou um incêndio (provocado pelo excesso de calor) danificar fios e provocar a queda do sistema elétrico. Mas isso não é um problema estrutural”, observa Castro.
Sistema ‘robusto’ – Como endosso à posição do Gesel, o ONS acentua que o sistema nacional é ‘robusto’, por possuir uma ‘grande diversidade de fontes’ para atender à demanda de carga e potência do País.
Em paralelo, na semana passada, a carga de energia do Sistema Interligado Nacional igualmente decolou de 76.194 MW médios, no dia 6, para 89.021 MW médios ontem (14).
Segundo o gestor da EDP, Adilson Herzog, “com o aumento das temperaturas, os aparelhos de refrigeração consomem mais energia para entregar a mesma eficiência, o que, por sua vez, se reflete na elevação do valor da conta de energia. No calor, geladeira, freezer e ar-condicionado, por exemplo, são aparelhos que exigem mais para rejeitar o calor do ambiente e atingir a temperatura interna programada”.
‘Novo anormal’ – “Já estamos vivendo o ‘novo anormal’”, proclama o presidente da PSR, Luiz Barroso, ao destacar que as mudanças climáticas estão consolidadas e que suas adversidades são preocupantes. s“Já estamos vivendo o ‘novo anormal’, cuja consequência prática é aportar mais variabilidade nos fenômenos climáticos com extremos mais acentuados. Exemplos são em chuvas, secas, ventos, ondas de calor, de frio, queimadas e até mesmo tempestades de areia como a que tivemos recentemente em Manaus”.

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