Ações, Units e ETF's
“Descasamento de liquidez é o preço por anos de dinheiro fácil”
Alerta foi dado pelo CEO da BlackRock, Larry Fink, ao comentar crise financeira dos EUA
“Em decorrência de políticas fiscais agressivas, adotadas após a crise financeira global de 2008, o ‘descasamento de liquidez’ é um problema que se tornará mais visível daqui para a frente”. A previsão foi feita pelo CEO da BlackRock – maior gestora de fundos do mundo – Larry Fink, ao considerar tal ‘descasamento’ o ‘terceiro dominó’ a cair, depois de anos de ‘dinheiro fácil’.
“Como resultado dessas políticas, vimos a inflação subir acentuadamente para níveis não vistos desde a década de 1980. Para combater essa inflação, o Federal Reserve [Fed, banco central americano] no ano passado elevou as taxas em quase 500 pontos-base”, descreveu Fink. “Este é um preço que já estamos pagando por anos de dinheiro fácil, e foi o primeiro dominó a cair”.
Por descasamento de liquidez entende-se o ‘desencontro’ entre fluxo de pagamento e de recebimento, acarretando a incapacidade para cumprir os compromissos assumidos.
A exemplo do colapso de 15 anos atrás, quando ruiu o sistema de hipotecas dos EUA, obrigando os bancos centrais a reduzirem praticamente a zero os juros, situação semelhante ocorreu com a eclosão da pandemia de coronavírus em 2020.
Uma das sequelas desse tipo de crise é a desvalorização dos títulos de renda fixa em circulação a mercado (devido aos efeitos de marcação a mercado, que representa a atualização dos preços dos papéis segundo as condições de negociação vigentes). Quando as taxas apresentam alta, a tendência é de que tais títulos desvalorizem. Somente no mercado estadunidense de bonds, a queda chegou a 15% no ano passado.
Em comunicado a investidores, Fink observou, porém, que ‘ainda é cedo’ para saber ao certo ‘o quão generalizado’ será o dano provocado pela falência do SVB no mercado financeiro. “Na semana passada, vimos a maior falência bancária em mais de 15 anos, quando os reguladores federais tomaram o Silicon Valley Bank (SVB). É uma incompatibilidade clássica entre ativos e passivos”, assinalou.
Após usar capital para comprar títulos (do governo e privados) do segmento de hipotecas, o banco (SVB) precisou vendê-los para honrar os resgates que vinham sendo solicitados, quando descobriu que o valor desses papéis havia se reduzido sobremaneira, em razão da alta dos juros básicos, que passaram do intervalo de zero a 0,25% para o atual, de 4,50% a 4,75% ao ano – em referência ao aperto monetário produzido pelo Federal Reserve (banco central ianque) para conter a disparada da inflação no país.

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