Política
Descubra o que é ‘agenda woke’ e por que Trump quer combatê-la
Saiba o que é a suposta ‘agenda woke’, como o termo surgiu e por que o governo Trump tem adotado medidas para combatê-la nos EUA.
Na primeira semana de março, o governo de Donald Trump intensificou ações contra a chamada “agenda woke” em universidades dos Estados Unidos. A expressão, popularizada nos últimos anos, tornou-se um dos principais alvos da política republicana.
Enquanto a Universidade da Virgínia (UVA) eliminou políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), a Universidade de Columbia perdeu US$ 400 milhões em financiamento federal por não conter atos de antissemitismo no campus.
As medidas fazem parte de um movimento maior contra práticas progressistas em instituições acadêmicas.

Afinal, o que significa ‘woke’?
O termo “woke” tem origem no movimento negro norte-americano e remete à ideia de “estar acordado” para questões sociais, como racismo e desigualdade. A palavra ganhou força nos anos 2010, principalmente entre ativistas do Black Lives Matter, e passou a ser usada como sinônimo de consciência social.
Nos últimos anos, porém, a expressão foi ressignificada por setores conservadores e passou a representar um suposto avanço excessivo de políticas progressistas.
Para críticos, a “agenda woke” envolveria ações como o uso de linguagem neutra, o reconhecimento de identidades de gênero não binárias e mudanças estruturais para combater desigualdades. Já para os defensores, trata-se de garantir direitos e inclusão de grupos historicamente marginalizados.
Trump e a guerra contra a ‘cultura woke’
Durante sua campanha e no início de seu governo, Donald Trump colocou a “agenda woke” no centro de sua política educacional. Em diversos discursos, ele prometeu eliminar iniciativas que, segundo ele, promovem doutrinação ideológica em escolas e universidades.
Na prática, isso tem se traduzido em medidas como o corte de financiamento de universidades que adotam políticas DEI e o apoio a legislações estaduais que restringem iniciativas de inclusão. No Texas, por exemplo, o governo proibiu programas DEI em 2023, e outras universidades estão revisando suas diretrizes para se adequarem às novas regras.
A recente decisão da UVA de remover políticas de diversidade de seus processos administrativos faz parte desse movimento. O governador da Virgínia, Glenn Youngkin, defendeu a medida como um retorno à meritocracia, enquanto críticos argumentam que a decisão pode comprometer a equidade no ensino superior.
Impacto das mudanças
As ações do governo Trump contra a “agenda woke” refletem um embate ainda mais profundo entre conservadores e progressistas nos Estados Unidos.
De um lado, há a defesa da neutralidade ideológica e da meritocracia; do outro, a preocupação com a exclusão de grupos historicamente desfavorecidos.
Com universidades reformulando suas políticas e estados aprovando leis que limitam práticas associadas à “cultura woke”, o debate deve continuar a ser um dos temas centrais da política norte-americana nos próximos anos.

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