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Economia

Desemprego global deve cair em 2024, afirma OIT

Organização Internacional do Trabalho.

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O ano de 2024 deve registrar uma leve queda no desemprego mundial, segundo um relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, o documento expressa preocupações com o ritmo lento do progresso e as persistentes desigualdades de gênero nos mercados de trabalho.

Pelas condições atuais, é improvável que sejam cumpridos os compromissos da Agenda 2030, assumidos pelos 193 estados-membros da ONU na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em 2015.

Intitulado “Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Atualizações de Maio de 2024”, o relatório prevê que a taxa de desemprego global este ano será de 4,9%, abaixo dos 5% registrados em 2023. No entanto, a tendência de queda não deve continuar em 2025, com a previsão de estabilidade no desemprego, mantendo-se em 4,9%.

“O progresso decepcionante desde 2015 torna muito provável que a meta de erradicação da pobreza até 2030 esteja fora de alcance. O avanço na redução da informalidade também foi insatisfatório. A percentagem de emprego informal era de 61,4% em 2005 e caiu para 58,4% em 2015. Desde então, o ritmo do progresso diminuiu consideravelmente: em 2024, a estimativa é de 57,8%. Isso representa uma desaceleração clara no ritmo do progresso”, afirma o documento.

Desemprego global deve cair

A Agenda 2030 estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O oitavo envolve a garantia de “emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos”. Em números absolutos, o total de trabalhadores em empregos informais aumentou de 1,7 bilhões em 2005 para 2,03 bilhões em 2024. “As tendências globais indicam uma desaceleração no progresso em direção à redução da pobreza e da informalidade desde 2015”, reforça a OIT.

Segundo o relatório, 183 milhões de pessoas estão desempregadas, buscando trabalho e disponíveis para começar em uma ou duas semanas. No entanto, considerando todas as pessoas com pelo menos 15 anos que gostariam de ter um emprego, mesmo aquelas que não estão procurando ativamente ou que não estão disponíveis para começar imediatamente, o número sobe para 402 milhões. A OIT define isso como “disparidade de emprego”.

As mulheres são desproporcionalmente afetadas pela falta de oportunidades, especialmente em países de baixos rendimentos. Nesses países, a disparidade de emprego para mulheres é de 22,8%, enquanto para homens é de 15,3%. Nos países de rendimento elevado, a disparidade é de 9,7% para mulheres e de 7,3% para homens.

O relatório

O relatório também relaciona esse cenário com as responsabilidades familiares, já que a proporção de mulheres totalmente fora do mercado de trabalho é significativamente maior que a de homens. Globalmente, 45,6% das mulheres em idade ativa estão empregadas, enquanto a taxa para homens é de 69,2%.

A desigualdade persiste mesmo entre os empregados. Nos países de rendimento elevado, as mulheres ganham em média 73% do que os homens ganham. Nos países de baixo rendimento, essa porcentagem cai para 44%.

Brasil

O Brasil registra uma taxa de desemprego superior ao índice global projetado pela OIT para 2024, conforme revelam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados dia 29 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego no país foi de 7,5%. Embora acima do índice global previsto pela OIT, este é o menor percentual registrado no Brasil para o mesmo período desde 2014.

A Pnad Contínua abrange todas as formas de ocupação de pessoas a partir de 14 anos, incluindo emprego com ou sem carteira assinada, trabalho temporário e por conta própria. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril foi inferior à do mesmo período de 2023 (8,5%) e estável em relação ao trimestre móvel terminado em janeiro de 2024 (7,6%).

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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