Diretor da Petrobras volta a falar de hidrogênio verde

O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras (PETR3, PETR4), Mauricio Tolmasquim, voltou a falar de hidrogênio verde.

Ele participou do XI seminário sobre matriz e segurança energética, organizado pela FGV e Amcham no Rio de Janeiro, e disse que “o hidrogênio verde fabricado no Brasil pode ser o mais competitivo do mundo em 2030”.

O executivo afirmou que se baseia em conclusão de estudo publicado recentemente pela Bloomberg, que avaliou mais de 20 países com bom potencial para essa cadeia.

“Eles colocam, inclusive, que no Brasil, o hidrogênio verde vai ser mais barato que o produzido com energia elétrica à base de gás natural.”

Também disse que o diferencial de preço poderá estar ligado aos preços dos eletrolisadores, que tendem a cair significativamente de preço no futuro.

E acrescentou que o preço da geração de energia no Brasil é comparativamente baixo. Segundo Tolmasquim, há uma expectativa alta sobre exportação de hidrogênio fabricado no Brasil, mas o mercado doméstico pode surpreender.

Tolmasquim também detalhou possíveis colaborações comerciais entre a estatal e a mineradora Vale (VALE3). Segundo ele, a Vale pode usar o diesel R da Petrobras em seus caminhões e a amônia verde em navios e locomotivas.

As duas empresas assinaram hoje um protocolo de intenções para desenvolver soluções de baixo carbono, aproveitando expertise técnico e sinergias.

A ação PETR3 encerrou o dia 28 cotada em R$ 37,51 e a ação PETR4 em R$ 34,45.

Petrobras (PETR3, PETR4): preço do petróleo

Vale destacar que o preço do barril do petróleo bateu o recorde do ano ontem, ao ser negociado a US$ 97,69. Trata-se do maior valor da commodity desde agosto de 2022, quando rompeu a marca de US$ 100.

Essa cotação reflete nas operações da Petrobras que já sofre pressão do mercado para elevar o preço dos combustíveis no Brasil.

O movimento é necessário para não aumentar ainda mais a defasagem frente aos praticados no exterior, segundo especialistas.