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Investimentos

Dólar, ouro e demais “seguros” podem proteger o dinheiro na crise

Desde o início de 2020, dólar avançou dos R$ 4 para chegar a quase R$ 6. Em apenas 60 dias, a moeda americana alcançou a valorização de 23%.

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Em meio ao cenário de oscilações e pressão no mercado financeiro, como o impulsionado pela pandemia de Covid-19, proteger os investimentos se torna ainda mais necessário. Aplicações financeiras como dólar e ouro, além de estratégias que assegurem o preço mínimo das ações, atuam como uma forma de seguro para investimentos. 

Desde o início de 2020, o dólar avançou dos R$ 4 para chegar a quase R$ 6. Quando o impacto da pandemia derrubou o Ibovespa, principal índice da Bolsa, em 47%, após 60 dias, a moeda americana alcançou a valorização de 23%. Assim, aqueles que possuíam dólares na carteira conseguiram amenizar os impactos da crise do novo coronavírus.

“Choques fortes como o da covid-19 quase nunca são esperados até que aconteçam. No período mais agudo de medo, tudo tende a cair. Por sermos um país emergente de moeda fraca, o real sempre acaba perdendo bastante. O melhor nesses momentos é ter dinheiro em caixa e, principalmente, dólar por meio de fundos cambiais”, diz o analista financeiro, Victor Savioli.

Além do dólar, os títulos do Tesouro Americano competem com o ouro. O metal possui ainda maior atratividade quando comparado aos títulos públicos com menor risco, pois pagam menores juros. No entanto, vale destacar que o ouro não paga juros, entregando somente a valorização do metal. E não é preciso ter um cofre para armazenar as barras de ouro, pois em contratos negociados em Bolsa é possível adquirir gramas dele. Além disso, há a opção de investir em fundos que aplicam em ouro.

“O ouro é um ativo escasso. Todo o ouro já minerado no mundo enche apenas duas piscinas olímpicas, e por conta disso tende a ser uma proteção”, destaca o sócio da CMS Invest, Matheus Ribeiro.

Ainda no segmento de opções, o investidor pode localizar um instrumento que lhe garanta um preço mínimo de venda às ações que possui em carteira. Conhecida como puts, as opções de venda são uma espécie de contrato que concede ao titular o direito de vender a ação pelo preço determinado, o strike, no vencimento futuro. Outra opção é o short, em que são vendidas ações alugadas de um terceiro para recomprá-las depois. Assim, caso o preço da ação fique mais baixo, é possível recomprar por um valor mais barato, alcançando o lucro. Porém, caso o preço cresça, haverá prejuízo.

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