Dona da Vivo vai pagar juros sobre o capital próprio

A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, anunciou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 855 milhões, equivalente a R$ 0,5178 por ação. O pagamento está previsto para 17 de dezembro de 2024. O montante será dividido em três parcelas: R$ 300 milhões com base na posição acionária de 28 de março, R$ 380 milhões com data-base de 29 de abril, e R$ 175 milhões com data-base de 26 de junho. A distribuição será imputada ao dividendo obrigatório de 2024, sujeita à aprovação da Assembleia Geral Ordinária de 2025.

No terceiro trimestre de 2024, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,67 bilhão, um avanço de 13,3% em relação ao mesmo período de 2023, superando a expectativa de analistas, que projetavam R$ 1,57 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 5,95 bilhões, alta de 7,4% na comparação anual, com margem Ebitda estável em 42,4%.

A receita operacional líquida foi de R$ 14 bilhões, 7,1% maior que no terceiro trimestre de 2023, impulsionada por avanços em negócios móveis e fixos. No segmento móvel, o faturamento cresceu 8,5% ano a ano, atingindo R$ 10 bilhões, com destaque para o aumento de 10,4% nos planos pós-pagos e 1,4% nos pré-pagos. Já no negócio fixo, a receita líquida subiu 3,6%, alcançando R$ 3,97 bilhões, puxada pelo crescimento de 14% na rede de fibra óptica (FTTH) e de 6,5% em dados corporativos e serviços digitais.

Dona da Vivo: 3TRI24

A base de clientes da Telefônica Brasil chegou a 115,2 milhões de acessos em setembro, crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior, com o segmento móvel representando 101,5 milhões de acessos, alta de 4%. Em fibra óptica, a empresa expandiu para 28,3 milhões de residências, um aumento de 12,7% na comparação anual, e conectou 6,7 milhões de domicílios, crescimento de 12,5%.

Além disso, o conselho de administração da empresa aprovou uma proposta de redução de capital social no valor de R$ 2 bilhões, a ser votada em assembleia no dia 18 de dezembro. Segundo a companhia, o objetivo da operação é aprimorar sua estrutura de capital, garantindo maior flexibilidade na alocação de recursos e gerando valor aos acionistas.