Mercado de Trabalho
É possível atestar cansaço no trabalho? Resposta de advogada viraliza
A advogada Elaine Ruman leva o tema para as suas redes sociais.
Desde a aparição das redes sociais e o aumento do acesso à informação, muitas dúvidas sobre direitos trabalhistas têm ganhado destaque em discussões online.
Uma dessas questões envolve a possibilidade de um trabalhador conseguir atestado médico por cansaço, algo que frequentemente gera debates entre empregados e empregadores.
Recentemente, a advogada Elaine Ruman trouxe o tema à tona em suas redes sociais, esclarecendo essa dúvida para seus seguidores.
A questão do atestado por cansaço
Em seu perfil no Instagram, @elaineruman.adv, a advogada foi questionada por um seguidor sobre a possibilidade de pedir atestado médico devido ao cansaço.
A pergunta, enviada através de uma caixinha de perguntas, era direta: “É verdade que eu posso pedir atestado de cansaço?”. A resposta de Elaine surpreendeu muitos internautas.
A advogada explicou que, sim, é possível obter um atestado para casos de cansaço extremo, desde que os sintomas justifiquem a necessidade de afastamento.
Segundo ela, o CID (Classificação Internacional de Doenças) utilizado nesses casos é o R53, que cobre sintomas como fadiga e mal-estar.
Elaine também ressaltou que o afastamento pode ser de até 7 dias, período durante o qual o trabalhador pode descansar, restabelecer sua saúde e retornar ao trabalho.
Sim, é possível obter um atestado para se recuperar do cansaço – Imagem: reprodução
A resposta da advogada sobre a possibilidade de atestado por cansaço gerou bastante repercussão e controvérsia entre seus seguidores, com diferentes opiniões sobre o assunto.
Enquanto alguns viram a validade do cuidado com a saúde, outros ironizaram a situação, chamando de ‘atestado de preguiça’.
Esses comentários destacam a diversidade de opiniões em relação ao impacto do cansaço extremo na saúde do trabalhador.
O cansaço, quando associado ao estresse e fadiga crônica, pode levar a problemas mais graves, como a Síndrome de Burnout, tornando o acompanhamento médico e o afastamento temporário medidas fundamentais para prevenir complicações de saúde.
Embora o cansaço em si não seja uma doença, ele é um sintoma que pode estar associado a diversas condições médicas.
Profissionais de saúde, como médicos e psicólogos, estão capacitados para avaliar se o trabalhador necessita de um atestado e qual o CID apropriado para o caso.
A validade do atestado e os direitos do trabalhador
Conforme esclareceu a advogada Elaine Ruman, desde que o atestado seja emitido por um médico, ele é válido e deve ser respeitado pela empresa.
Segundo a legislação trabalhista brasileira, o trabalhador tem direito ao afastamento por até 15 dias, sem prejuízo salarial, em casos de recomendação médica.
Se o período ultrapassar esse limite, o INSS passa a ser responsável pelo pagamento de benefícios, desde que haja justificativa médica.
Além disso, o empregador não pode questionar o diagnóstico feito pelo médico. Caso haja suspeitas de fraudes ou abusos, a empresa pode solicitar uma perícia médica, mas não pode, por si só, invalidar o atestado.
Em tempos em que o estresse e a fadiga se tornaram problemas recorrentes na vida profissional, a discussão sobre o cansaço como motivo para afastamento levanta questões importantes sobre saúde mental e condições de trabalho.
Por isso, empresas e empregados precisam estar atentos a sinais de esgotamento e buscar soluções que preservem o bem-estar e a produtividade de todos.
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