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Economia

Economia compartilhada é repensada no cenário de pandemia

Medo de contaminação pela Covid-19 coloca em xeque cultura do compartilhamento.

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Economia compartilhada

Uma questão tem pairado a cabeça de empresas e investidores, sobre como fica a cultura do compartilhamento no cenário de pandemia de Covid-19. Assim, ao menos em um curto e médio prazo, as pessoas estão optando por meios de transporte que efetivem o distanciamento social. Ganham preferência bicicletas, patinetes e carros particulares, em comparação aos ônibus, trens e corridas por aplicativo.

Segundo pesquisa global, executada pela consultoria Capgemini, 35% dos consumidores analisam comprar um carro em 2020. Entre as pessoas com idade inferior a 35 anos foi observada a maior intenção, cerca de 45% são favoráveis a aquisição do produto. O número reverte a preferência histórica de evitar a compra e pagar somente pelo uso.

Ainda assim, o sócio da consultoria Boston Consultin Group, Regis Nieto, estima que o molde tradicional de posse de automóveis será alterado, no qual será dada a preferência ao aluguel mensal de veículos. Inclusive, durante a pandemia, a brasileira Turbi observou que as viagens dos usuários estavam mais curtas e frequentes, quando 40% pegavam os automóveis para ir somente ao supermercado.

Em outro levantamento, o Grupo Zap identificou que houve aumento de 390% na procura por casas durante a crise, enquanto a busca por apartamento reduziu de 25% para 21%. De acordo com a economista do grupo imobiliário, Deborah Seabra, “os usuários buscam também imóveis mais distantes das grandes cidades”.

Na perspectiva da empreendedora serial americana, fundadora do Zipcar, e autora do livro Economia Compartilhada, Robin Chase, a crise pode ser uma oportunidade para muitos serviços. “É hora de pedir aos governos o aumento de ciclovias e infraestrutura para transporte individual barato e seguro”. Além disso, ela complementa dizendo que “isso já está acontecendo em algumas cidades e pode mudá-las de forma permanente.”

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