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Eleição para conselho de administração tem queda de braço na Vale

Consultorias internacionais se opõem a certos movimentos

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Vale é a empresa de capital aberto que mais paga dividendos no país

A Vale realizará dia 30 de abril sua eleição para o conselho de administração, mas internamente há divergências por conta de manifestações distintas sobre a troca de comando.

De acordo com o Estadão, as consultorias internacionais de orientação de voto a acionistas Institutional Shareholder Services (ISS) e Glass Lewis apresentaram discordância. Essa postura influencia diretamente cada acionista e quebra o consenso na mineradora.

Conforme o jornal, o ponto em comum foi que nenhuma delas recomendou voto no agora ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, indicado por acionistas minoritários da companhia à presidência do colegiado, em oposição a José Penido, apontado pelo Comitê de Nomeação da Vale. Os relatórios falam em “abstain” (abstenção).

Vale (VALE3) tem disputa interna acerca do conselho de administração

Logo da Vale em mina em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG)

Vale

Ainda de acordo com o periódico, da lista alternativa dos minoritários a conselheira do Grupo Soma, Rachel Maia, teve indicação favorável da ISS. O documento enviado aos acionistas da mineradora diz que ela “acrescentaria experiência relevante ao conselho, aumentaria a sua independência, assim como a diversidade de gênero e racial”.

A mesma consultoria deu recomendação de voto positiva a todos os nomes apontados pela Vale, com exceção de Ken Yasuhara, ex-diretor da Mitsui e da Sumitomo no Brasil, levando em conta sua pouca experiência como membro de conselhos.

Por fim, o jornal elenca que ao indicar abstenção de voto em relação aos nomes do advogado e conselheiro da Vale Marcelo Gasparino, do ex-presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Mauro Cunha, e de Castello Branco, a ISS disse que faltou aos acionistas que articulam as candidaturas apresentar uma justificativa convincente e/ou uma estratégia para mudanças adicionais com sua eleição ao colegiado.

Ferrovia

A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) no Mato Grosso terá início das obras no mês de maio. A malha projetada há mais de 10 anos terá o projeto executado pela Vale, que deve investir cerca de R$ 2,73 bilhões na Fico, com prazo estimado de quatro anos para sua conclusão. As obras vão do estado de Goiás ao estado do Mato Grosso.

O projeto das obras terá início na cidade de Mara Rosa, no estado de Goiás, onde os trilhos se conectarão à já operacional malha ferroviária Norte-Sul. A partir daí, a Fico fará um percurso de 383 quilômetros em direção ao Mato Grosso até chegar à cidade de Água Boa.

A mineradora será a responsável pela execução das obras da ferrovia no Mato Grosso e em Goiás. A empresa fechou contrato com o governo federal no final do ano passado e espera investir R$ 2,73 bilhões na Fico nos quatro anos estimados de conclusão.

A assinatura de contrato da Vale e o Ministério da Infraestrutura se deve à decisão do governo de permitir que as atuais concessionárias ferroviárias do país renovem seus contratos com antecedência. A proposta vem sendo estudada desde 2017, autorizando uma concessão de 30 anos na década de 1990 – a concessão só expira entre 2026 e 2028 – e agora é prorrogada por mais 30 anos. Em contrapartida, essas empresas, além do chamado “investimento cruzado”, também se comprometem a expandir as redes que já operam.

A Vale está listada na bolsa brasileira (B3) sob o ticker VALE3.

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