Economia
Em entrevista, principal porta-voz do governo do Japão sinaliza pressão para reabertura da economia e estímulos
Objetivo das medidas é evitar outro estado de emergência. O desafio do governo no momento é conter o coronavírus sem aprofundar a crise econômica.
O Japão quer evitar outro estado de emergência, e para isso, precisa considerar mais estímulos para reanimar a economia. A afirmação foi feita pelo principal porta-voz do governo, o secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, durante uma entrevista. Desta forma, ele sinalizou que Tóquio está decidida a se concentrar na reabertura de empresas atingidas pela pandemia de coronavírus e em estimular a economia.
O representante do governo japonês também negou as especulações de que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, poderia renunciar por motivos de saúde. Segundo o porta-voz, as declarações de Abe na segunda-feira de que ele continuaria a fazer o melhor em seu trabalho “explicam tudo”.
Suga, que é considerado como um dos principais candidatos à sucessão de Abe, afirmou que não tem intenção de buscar o cargo, mesmo que seja pressionado a fazê-lo por associados. Ele afirmou nunca ter pensado em assumir essa função.
Após encerrar as medidas de estado de emergência no âmbito da pandemia em todo o país no final de maio, o Japão teve um aumento nos números de infecções por Covid-19. Desta forma, intensificou-se o desafio do governo, que luta para conter o vírus sem aprofundar a crise econômica.
“Queremos evitar outro estado de emergência, que pode ter um grande impacto negativo na economia”, disse Suga à Reuters nesta quarta-feira, 26. Assim, o secretário-chefe de gabinete deixou claro que o foco do governo estava em estimular o crescimento econômico ao invés de aprofundar as medidas para conter o vírus.
Segundo Suga, uma das medidas para ajudar a estimular a economia seria a promoção do turismo. O porta-voz afirmou que o Japão fará tudo o que for necessário para sediar os Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo ano.
As Olimpíadas estavam previstas para ocorrer entre o final de julho e início de agosto deste ano, mas foram adiados para 2021 em decorrência da pandemia do coronavírus.
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