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Economia

Em forte ascensão, IGP-DI sobe 0,45% em setembro

Mesmo com esse avanço, indicador acumula deflação de 4,88% no ano e de 5,34% em 12 meses

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Em forte trajetória de ascensão, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,45% em setembro, sob maior influência da alta de 2,62% da gasolina, revelou, nesta sexta-feira (6), a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Depois de apresentar deflação, em junho (-1,45%) e em julho (-0,40%), o indicador ficou próximo da estabilidade (0,05%) em agosto, até chegar à expansão do mês passado.

Apesar de exibir inflação em setembro, o índice agora acumula deflação de 4,88% no ano e de -5,34% em 12 meses, enquanto que, em igual mês do ano passado, o recuo havia sido de 1,22%, mas avançara 7,94% em 12 meses.

Segundo o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, “nesta edição do IGP-DI, os três índices componentes apresentaram aceleração em suas taxas de variação. Em relação à inflação ao produtor, apesar da desaceleração do ritmo de aumento dos preços do Diesel (de 13,29% para 11,00%) e da gasolina (de 8,36% para 7,23%), os combustíveis ainda tiveram uma influência significativa sobre o resultado do IPA. No cenário do consumidor, a gasolina foi a principal influência, com um aumento de 2,62%, em comparação com 1,24% na última apuração. Quanto ao INCC, vale destacar os serviços, que registraram um aumento de 0,52%, em contraste com os 0,25% registrados em agosto”.

Em linha com o viés inflacionário, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) – que responde por 60% da composição do IGP-DI – cresceu 0,51% em setembro, bem acima dos 10% apurados no mês anterior.

Pelo critério de análise por estágios de processamento, a taxa do grupo ‘Bens Finais’ descreveu estabilidade, ao variar de -0,22%, em agosto, ante -0,21%, em setembro, devido à contribuição do subgrupo alimentos processados, que variou de -0,81% para -0,32%, no mesmo comparativo. O índice de Bens Finais (ex) – que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo – caiu menos em setembro (-0,04%) do que em agosto (-0,31%).

Já o grupo ‘Bens Intermediários’, inflado de 0,58% para 1,48%, na passagem de agosto para setembro, foi puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que cresceu de -1,16% para 0,28%. Calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de Bens Intermediários (ex) subiu 0,18% em setembro, após deflacionar 1,01%, em agosto.

Responsável por 30% do índice geral, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), após recuar 0,22% em agosto, avançou 0,27% no mês passado. Seis das oito classes de despesa componentes desse índice registraram variações positivas: Educação, Leitura e Recreação (-2,76% para 1,34%), Transportes (0,39% para 1,06%), Alimentação (-0,84% para -0,64%), Vestuário (-0,25% para -0,09%), Comunicação (0,03% para 0,15%) e Despesas Diversas (-0,06% para -0,02%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – que responde por 10% do IGP-DI – foi de 0,17% a 0,34%, de agosto a setembro. Todos os três grupos que compõem o INCC tiveram alta: Materiais e Equipamentos (-0,18% para 0,18%), Serviços (0,25% para 0,52%) e Mão de Obra (0,61% para 0,53%).

Confira a evolução mensal do IGP-DI

Mês de
referência
Evolução
Mensal
Acumulado
12 meses
Setembro/23 0,45% -5,34%
Agosto/23 0,05% -6,91%
Julho/23 -0,40% -7,47%
Junho/23 -1,45% -7,44%
Maio/23 -2,33% -5,49%
Abril/23 -1,01% -2,57%
Março/23 -0,34% -1,16%
Fevereiro/23 0,04% 1,53%
Janeiro/23 0,06% 3,01%
Dezembro/22 0,31% 5,03%
Novembro/22 -0,18% 6,02%
Outubro/22 -0,62% 5,59%

Fonte: FGV

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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