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Embraer pode captar negócios substanciais na Índia

Fabricante brasileira de aeronaves.

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A Embraer (EMBR3) está em uma posição favorável para vencer a disputa por um contrato que prevê o fornecimento de até 80 aeronaves para a Força Aérea da Índia.

De acordo com a Folha de S. Paulo, para fortalecer suas chances, a empresa firmou, há cerca de seis meses, uma parceria estratégica com a companhia indiana Mahindra e sugeriu a criação de uma linha de produção do cargueiro C-390 na Índia, caso a aeronave seja escolhida.

A concorrência ainda está aberta, com a Airbus também na disputa, mas o governo indiano tem demonstrado entusiasmo em relação à Embraer, com reuniões recentes ocorrendo neste mês. Além da Índia, seis outros países já assinaram contratos de compra do C-390: Portugal, Holanda, Áustria, Hungria, República Tcheca e Coreia do Sul.

Embraer (EMBR3)

A Fitch Ratings recentemente elevou os ratings de probabilidade de inadimplência da Embraer, tanto em moeda estrangeira quanto local, para ‘BBB-‘, refletindo a melhoria nos indicadores de crédito da empresa. A agência destaca o aprimoramento da produção, das entregas e da lucratividade, juntamente com a redução da dívida bruta, como os principais fatores para a revisão positiva dos ratings. A expectativa é que os índices de alavancagem total e líquida da Embraer caiam para 4,0x e 0,9x até o final de 2024, e para 3,5x e 0,7x até 2025.

Os ratings da Embraer refletem sua posição competitiva nos mercados de jatos comerciais e executivos, com uma carteira de pedidos de US$ 21,1 bilhões e diversificação em programas de defesa e serviços. A forte presença internacional, especialmente fora do Brasil, e a geração de fluxo de caixa operacional no exterior também reforçam a solidez financeira da empresa.

A empresa continua a expandir seu portfólio de negócios, com destaque para o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390 e os serviços de suporte. No setor de defesa, há negociações em andamento com Arábia Saudita e Índia, o que pode elevar a produção. A Fitch projeta uma recuperação das margens EBIT da Embraer, alcançando 6,2% em 2024 e 7,0% em 2025, impulsionada pelo aumento nas entregas, melhorias nos custos e uma melhor combinação de produtos.

Eve

No entanto, a subsidiária Eve Inc., focada em aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), ainda representa um desafio. Embora a Eve esteja avançando no desenvolvimento dessas aeronaves, que devem iniciar voos de protótipos em 2025, o investimento necessário limita a expansão do fluxo de caixa livre (FCF) da Embraer, que deve se manter fraco nos próximos três anos.

Desde 2020, a Embraer reduziu sua dívida em cerca de US$ 1,6 bilhão, e a Fitch prevê uma contínua desalavancagem nos próximos anos. Embora a maior parte das receitas da Embraer venha de exportações internacionais, o ambiente econômico e político brasileiro ainda representa um risco modesto, dado que grande parte dos ativos operacionais da empresa está no Brasil.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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