Encontro EUA-China não ‘segura’ bolsas asiáticas, que ‘mergulham no vermelho’

A despeito do clima ‘amistoso’ do encontro dos líderes das superpotências do planeta (Joe Biden, dos EUA, e Xi Jinping, da China) e de melhorias pontuais na longeva crise imobiliária do gigante asiático, as bolsas asiáticas mergulharam, majoritariamente, no viés de baixa, na sessão desta quinta-feira (16).

Enquanto o nipônico Nikkei recuou 0,28% a 33.424,41 pontos (refletindo o declínio de ações de consumo, como M3, que perdeu 5,15%, além do descenso de Kikkoman e Nissin, de 3,6% e 3,1%, respectivamente); o Hang Seng de Hong Kong retrocedeu 1,36% a 17.832,82 pontos; o mandarim Xangai retraiu 0,71% a 3.050,93 pontos, ao passo que o Shenzhen caiu 1,00% a 2.003,88 pontos, e o australiano S&P/ASX 200 desceu 0,67% a 7.058,40 pontos, puxado pela perda de 0,8% do setor financeiro e de 3,3% do ANZ.

As duas únicas exceções couberam ao sul-coreano Kospi, que avançou 0,06% a 2.488,18 pontos (a reboque dos ganhos das montadoras Kia e Hyundai, de 1,3% e 3,7%, respectivamente) e ao taiwanês Taiex, com elevação de 0,25%, a 17.171,18 pontos.

Entre os fatores para o retrocesso das bolsas orientais, analistas de Wall Street apontam a redução, em ritmo mais rápido que o esperado, do preço médio de novas moradias na China em outubro, em decorrência de medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo de Pequim. Ainda assim, grandes companhias chinesas, como Semiconductor Manufacturing International e Naura Technology, retrocederam 1,7% e 2,3%, respectivamente.

Biden sobre Jinping: “ditador” – Outro fator que deve causar ‘rebuliço’ nos mercados orientais foi o ‘petardo’ lançado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, dirigido ao colega chinês Xi Jinping, logo após encontrá-lo na Califórnia (EUA), quando o taxou, novamente, de ‘ditador’. Sem demora, o líder ianque foi alvo de novas críticas disparadas por Pequim.  “Bem, olha, ele é. Quer dizer, ele é um ditador no sentido de que aqui está um cara que dirige um país que é comunista, baseado em uma forma de governo totalmente diferente da nossa”, metralhou Biden, ao ser questionado por jornalistas.