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Enquanto o mundo beira à recessão, o Brasil vai bem, obrigado!
Relatório da OMC projeta avanço de 5,4% das exportações nacionais este ano
No momento em que o espectro recessivo paira sobre o planeta, a economia brasileira conta com uma notícia alentadora. Segundo dados do relatório do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgados nesta quarta-feira (21) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), as exportações nacionais deverão crescer 5,4% neste ano, desempenho que supera o de 2022, quando estas avançaram, não mais do que 4,4%.
Em contraste à perspectiva animadora tupiniquim, a da Organização Mundial do Comércio (OMC), é de ‘freio’ no ritmo do crescimento do comércio mundial de mercadorias, que deve recuar de uma alta de 2,7%, no ano passado, para 1,7%, no atual. No caso da América do Sul, o avanço despencaria de 1,9% para 0,3%, no mesmo comparativo anual.
“O Brasil é a maior economia da região e o maior exportador. Entre os 30 principais exportadores mundiais de 2022, o único país (sul-americano) que integra a lista é o Brasil na 26ª posição (participação de 1,3% nas exportações mundiais). Nesse contexto, a previsão do crescimento do volume exportado na região (América do Sul) é fortemente influenciada pelo desempenho do Brasil”, avalia o relatório do Icomex.
Como exemplo do potencial das vendas externas nacionais, o indicador da Fundação aponta que o volume exportado pelo país passou de um aumento de 0,6%, de janeiro a maio de 2022, para 9,3%, em igual período de 2023,
“Os resultados sugerem, portanto, que a previsão de piora da OMC para a região (América do Sul) não deverá se aplicar ao Brasil. É esperado que o ritmo de crescimento desacelere no segundo semestre com menores embarques da soja, piora nas vendas para a Argentina e seguindo com o recuo nas vendas para a União Europeia. No entanto, exceto por eventos imprevistos, os dados até o momento apontam para um maior crescimento do volume exportado em 2023 do que em 2022”, previu o relatório da entidade.
Somente em maio último, a balança nacional atingiu superávit recorde de US$ 11,3 bilhões, para um superávit acumulado, também recorde, de US$ 34,9 bilhões, nos primeiros cinco meses do ano. De acordo com o Icomex, embora tenham apresentado tendência descendente no mês passado (-13,4%), no comparativo anual, o volume exportado nesse mês cresceu (28,4%). Já as importações tiveram redução de 13,7% nos preços, mas incremento de 1,8% no volume. Também em maio deste ano, o volume de commodities exportadas registrou elevação de 36%, no comparativo anual, enquanto as não commodities cresceram somente 4,8%.
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