Cotidiano
Especialistas afirmam que o dinheiro de papel pode acabar em 10 anos
A mudança para o dinheiro digital no Brasil já está em curso.
Com o advento da internet, é cada vez mais comum fazermos pagamentos apenas por aplicativo. Seja via Pix ou carteira digital, esse hábito tem feito as pessoas andarem com as carteiras vazias. Por isso, muitos especialistas acreditam que o dinheiro em espécie está com os dias contados.
Profissionais da área de finanças já apontam que cédulas e moedas serão uma lembrança dentro de 10 anos, com as transações financeiras sendo realizadas de forma digital, proporcionando eficiência, segurança e inclusão.
Acredita-se que em 10 anos o dinheiro em espécie estará extinto – Foto: Reprodução
Drex e real digital reforçam a ideia
Para sustentar essas afirmações, muitos citam os progressos na implementação do Drex, ou Real Digital, e as recentes medidas adotadas em várias partes do país.
Um exemplo é a proibição do uso de dinheiro em espécie para pagar o transporte público em Brasília, que entrou em vigor em julho de 2024.
A mudança para o dinheiro digital no Brasil já está em curso. Medidas como a adotada em Brasília promovem a automação, diminuem a necessidade de trabalho manual na cobrança e aumentam a segurança.
Esse também é um passo significativo para integrar as moedas digitais ao dia a dia das pessoas, ajudando-as a se familiarizarem, embora o Pix já tenha conquistado grande popularidade entre os brasileiros.
Projeto de Lei em andamento
O Projeto de Lei (PL) 4068/20 propõe eliminar o uso de dinheiro em espécie em todas as transações no país.
Embora a tecnologia já possibilite essa mudança, é importante estabelecer políticas de inclusão digital para assegurar que todos possam acessar os serviços digitais.
O principal argumento para as mudanças é que o dinheiro físico não é sustentável do ponto de vista ecológico.
Além disso, sua administração é complicada e ele pode facilitar a corrupção. Utilizando a tecnologia blockchain, o Drex proporciona uma operação segura e transparente.
Desde o final de 2019, está em desenvolvimento o Drex, a moeda digital brasileira projetada para substituir o dinheiro em papel.
O projeto iniciou com a criação do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) pelo Banco Central.
Em 2021, o Banco Central desafiou empresas a apresentarem protótipos de operações digitais. Em 2023, começaram os testes operacionais e a expectativa é que a moeda digital esteja amplamente disponível até 2025.
Drex x Pix: entenda a diferença
O Drex é uma moeda digital soberana, enquanto o Pix é uma plataforma para liquidação instantânea de ativos financeiros.
Embora possam operar conjuntamente, o Drex se destaca por utilizar a tecnologia blockchain para registrar operações, algo que o Pix não faz.
Dentre as principais vantagens do Drex, está sua integração com contratos inteligentes, permitindo que a liquidação financeira ocorra simultaneamente à jurídica e documental.
Além disso, sua operação é instantânea, não exige serviços gráficos especializados e é mais fácil de gerenciar. Com a implementação da LGPD, o Drex é facilmente rastreável, o que aumenta a segurança.
A arquitetura do Drex utiliza algoritmos tokenizados em nuvem computacional, com todas as operações registradas em uma plataforma de blockchain Hyperledge/BESU, que é de código aberto (Open Source). Isso pressupõe que o usuário esteja conectado à rede do sistema financeiro, sob a supervisão do Banco Central.
A nuvem computacional possibilita a implementação de mais de 90 funções de segurança e criptografia.
As moedas digitais são mais seguras tanto contra cibercrimes quanto contra crimes comuns, pois incorporam criptografia e diversas funções de segurança.
Quando gerenciadas adequadamente, tais medidas podem eliminar fraudes digitais e corrupção.
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