Economia
Estudo revela qual é a pior cidade para se viver no Brasil
Município apresenta menor qualidade de vida do país, segundo o Índice de Progresso Social.
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou a cidade brasileira com a menor qualidade de vida.
O Índice de Progresso Social (IPS), ferramenta do IBGE utilizada para mensurar o bem-estar e o desempenho dos municípios, apontou Uiramutã, no norte de Roraima, como o pior município do país onde morar.
A classificação negativa se deu por uma pontuação de 37,63, em uma escala de 0 a 100. Com pouco mais de 13 mil habitantes, Uiramutã enfrenta significativos desafios de infraestrutura e serviços básicos.
A extrema desigualdade social e a baixa renda per capita também refletem diretamente nessas questões.
Município com pior índice se encontra em Roraima – Imagem: reprodução/YouTube/Roraima na Estrada
Desafios socioeconômicos e infraestruturais
A cidade de Uiramutã se depara com graves problemas socioeconômicos, relacionados até a serviços básicos.
A precariedade na coleta de lixo e a deficiência de iluminação pública são exemplos de serviços essenciais em falta. Além disso, a infraestrutura habitacional deficiente torna a vida cotidiana dos moradores mais difícil.
Outro aspecto crítico é a educação, que não tem uma infraestrutura adequada e torna o acesso à educação de qualidade limitado. Por consequência, isso perpetua um ciclo de pobreza que é difícil de ser rompido. A situação exige urgência em políticas públicas focadas na melhoria desses aspectos.
10 piores cidades onde viver no Brasil
No entanto, e infelizmente, não é apenas Uiramutã que enfrenta dificuldades em Roraima. Alto Alegre, Bonfim e Amajari também figuram entre os municípios do estado com as menores notas no IPS de 2024.
Veja a seguir o ranking com os 10 municípios com piores pontuações no IPS:
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Uiramutã (RR) – 37,63
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Alto Alegre (RR) – 38,38
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Trairão (PA) – 38,69
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Bannach (PA) – 38,89
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Jacareacanga (PA) – 38,92
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Cumaru do Norte (PA) – 40,64
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Pacajá (PA) – 40,70
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Uruará (PA) – 41,26
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Portel (PA) – 42,23
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Bonfim (RR) – 42,27
Capitais exemplares no IPS
Por outro lado, algumas capitais brasileiras demonstram um desempenho bastante positivo no IPS.
Brasília, Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte são exemplos de prefeituras que investem em qualidade de vida e, assim, obtiveram as melhores classificações no índice.
Essas cidades se destacam por políticas eficazes em educação, saúde e infraestrutura, assim servem de exemplo para outras regiões. A análise revela a importância de investimentos direcionados e políticas públicas eficientes.
O que o IPS avalia?
O Índice de Progresso Social (IPS), uma iniciativa idealizada por Michael Porter da Harvard Business School, surgiu como ferramenta crucial na avaliação de dados sociais e ambientais, mas sem deixar de lado critérios econômicos.
Tal índice, em vigor há uma década, concentra-se principalmente nos resultados alcançados, a fim de favorecer a formulação de políticas públicas mais eficazes. Com 53 indicadores analisados, a edição de 2024 revelou resultados preocupantes para o Brasil.
O Brasil, que ocupava a 46ª posição em 2014, caiu para o 67º lugar no ranking global do IPS. Essa descida abrupta reflete um aumento nas desigualdades sociais e econômicas no país.
Contudo, as capitais brasileiras tendem a apresentar melhores desempenhos em comparação com outras regiões do país.
O IPS classifica os municípios em três grandes grupos que representam diferentes aspectos do progresso social.
Necessidades humanas básicas
Tal categoria abrange aspectos como nutrição, saúde, moradia e segurança. O Brasil obteve uma pontuação média de 73,58, ao alcançar resultados positivos em áreas como Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, que registraram um índice de 70,51.
Fundamentos do bem-estar
Inclui acesso ao conhecimento, comunicação e saúde ambiental. A pontuação para Acesso ao Conhecimento Básico do Brasil foi expressiva, com 71,82, enquanto Água e Saneamento tiveram um índice de 77,79.
Oportunidades
A categoria aborda direitos individuais, inclusão social e educação superior. Infelizmente, apresentou os índices mais baixos, com Direitos Individuais com 35,96 e Acesso à Educação Superior 43,88.
A inclusão social obteve 48,42 e também foi uma preocupação.
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