EUA e Europa pedem que JBS seja investigada

Em um comunicado conjunto, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Bob Menéndez, o parlamentar britânico Ian Liddell-Grainger, e o eurodeputado Norbert Lins, pediram a investigação das práticas comerciais da empresa brasileira de carnes JBS.

A solicitação foi feita em Washington, EUA, na última terça-feira (4) e expressa a preocupação com as práticas comerciais da JBS, a controladora J&F Investimentos e as subsidiárias na Europa e nos Estados Unidos. As autoridades pediram que seus respectivos países “conduzam investigações legais e coordenadas para garantir que a empresa seja forçada a operar dentro dos padrões esperados de finanças, negócios e conduta ambiental”, além da avaliar se “as práticas antimonopólio e anticompetitivas da JBS e os abusos da empresa podem prejudicar permanentemente as cadeias de abastecimento de alimentos”.

Os legisladores justificam que, durante a última década, a JBS participou de atividades criminosas e “se declarou culpada de 1.500 atos de suborno” no Brasil, “de violações na fixação de preços antimonopólio” e de “violar a lei de práticas corruptas no exterior dos Estados Unidos”, além de ainda não ter pagado “bilhões de dólares em multas”.

Os parlamentares, surpresos com o fato de seus fundadores Wesley e Joesley Batista continuarem a ser acionistas majoritários “apesar de terem sido condenados criminalmente no Brasil”, acusam a empresa de “obter gado de fazendas que contribuíram para o desmatamento”.

Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou um plano para aumentar a concorrência no setor de carnes. O governo acusa as grandes empresas, entre elas a JBS, de aumentarem os preços aos consumidores e reduzir a renda dos produtores.

A JBS atua em 15 países e possui mais de 400 unidades produtivas em todo o mundo.