Ações, Units e ETF's
Exterior negativo; recuo de commodities e IPC-S a 0,40% pautam Ibovespa de quarta
Retirada russa incerta e tensão por ata do Fed influem em mercados; índice de serviços brazuca ‘fraqueja’
Enquanto o urso russo faminto não desiste, de fato, da caça (Ucrânia) e volta para sua toca (Moscou) e não é conhecida a intensidade do tranco monetário a ser aplicado, em março próximo, pelo Federal Reserve (Fed), os mercados operam, em sua maioria, com viés negativo, na expectativa do ‘tom’ adotado pelo bc ianque, à tarde – na divulgação da ata de janeiro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) – para a política monetária da maior economia do planeta, com impacto imediato em todos os demais mercados.
Aperto maior – A julgar pelos últimos números da inflação dos EUA, o aperto monetário poderá vir maior do que o previsto inicialmente, mas ainda sem comprometer a atividade econômica, garante o comandante do dólar, o presidente do Fed, Jerome Powell.
Credibilidade em jogo – Ao defender uma alta de 100 pontos-base nos juros locais, até julho próximo, o membro do Fed da cidade ianque de Saint Louis, James Bullard entende que o “que está em jogo é a credibilidade da autoridade monetária, em meio à escalada da inflação no país”.
Preços no atacado – Em respaldo a Bullard, o Departamento do Trabalho divulgou ontem (15) um avanço de 1% nos preços no atacado, que somam 9,7% nos últimos 12 meses, considerada a base ajustada.
Futuros em queda – Refletindo o momento regressivo, os índices futuros dos EUA operavam todos em queda no início da sessão (Dow Jones, -0,11%; S&P 500, -0,13%; Nasdaq, -0,10%), enquanto o investidor ‘fica de olho’ nos desdobramentos geopolíticos no Leste Europeu, em que imperam contradições entre discurso e prática, pelo visto, por parte das tropas russas, que não se retiraram da pátria ucraniana, mas apenas continuam em movimentação, não sendo descartada a invasão, depois que a retórica das palavras, como nas sanguinárias guerras mundiais, tiver sido rapidamente substituída pela ação.
‘Cada centímetro’ – Após a constatação de que o Kremlin mantinha suas posições na fronteira ucraniana, o líder estadunidense Joe Biden adiantou que os “Estados Unidos defenderiam cada centímetro de território [da Ucrânia] junto à Otan”.
Otan suspeita – Elevando a suspeita, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirmou que a Rússia continua reforçando e não removendo tropas na região. De acordo com o chefe da Organização, Jens Stoltenberg, “parece que a Rússia continua sua formação militar na fronteira”.
‘Sinais mistos’ – Ante à escalada da crise europeia, o ‘comedido’ primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, chamou de ‘sinais mistos’ os emitidos por Moscou ao Ocidente. Nesta manhã, a Otan afirmou que a Rússia está aumentando suas tropas na fronteira ucraniana, um dia depois de Moscou ter alegado que havia começado a retirar algumas de suas unidades militares.
O que é? – Só para ilustrar, Otan é uma aliança militar ocidental, formada logo após o final da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de ‘fazer frente’ ao poderio imperialista soviético, então sob o ditador Josef Stalin, já ‘dono’ de quase toda a Europa oriental.
Ásia positiva – A despeito do acúmulo de complicadores, as bolsas asiáticas fecharam no positivo, como atestam seus índices, como o chinês Shanghai SE, +0,57%; o nipônico Nikkei, +2,22%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, +1,49% e o sul-coreano Kospi, +1,99%. Os mercados locais ficaram ‘animados’, além do recuo russo, com os novos dados de inflação da China, que mostram uma desaceleração, pois o índice de preços ao consumidor da China em janeiro último cresceu 0,9%, no comparativo anual, embora a previsão fosse de um aumento de 1%.
Europa negativa – Na Europa, por sua vez, o viés de queda predominou, com os recuos do britânico FTSE 100, -0,22% e do italiano FTSE MIB, -0,14%, enquanto o DAX alemão avançava pífios 0,07% e o francês CAC 40 não se moveu. Já o índice continental, o Stoxx 600 caía 0,25% na sessão, a 466,38 pontos.
Petróleo cai – A exemplo da véspera, os preços do petróleo (tipos WTI e Brent) acusam recuos em torno de 3% na atual sessão (16), em compasso com um ‘menor temor’ de uma escalada do conflito russo-ucraniano, tendo em vista um cenário que aponta dificuldade de oferta da commodity no mercado internacional. Já os contratos futuros para março próximo subiam 2,15% na Nymex, a US$ 94,05, enquanto o Brent para abril avançava 2,25% na ICE, a US$ 95,38.
Minério recua – Já o minério de ferro refinado 62% Fe CFR Futuros – (TIOc1) apresentava queda de 1,87% a 144,89 pontos, em meio ao monitoramento da pressão regulatória de Pequim sobre alguns setores do gigante asiático.
Varejo ianque avança – Na agenda ianque, um dos destaques é a alta das vendas no varejo dos EUA, que subiram 3,8% em janeiro último, ante o mês anterior, diante da perspectiva de recuperação da economia local, em razão do aquecimento da demanda por veículos e bens de consumo durável.
Temporada de balanços – Na temporada tupiniquim dos balanços, é dia de divulgação dos resultados da WEG (WEGE3), EDP (ENBR3), Totvs (TOTS3) e Banco Pine (PINE4), numa sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa na B3, o que pode trazer mais volatilidade às cotações.
IPC-S encolhe – Também em destaque, o recuo de 0,49% para 0,40%, do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da primeira para a segunda quadrissemana deste mês, apontou hoje (16) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Acumulado em 12 meses, o IPC-S chega a 9,42%.
Quatro caem – Assim, quatro das oito categorias de despesas que integram o IPC-S registraram recuo no período, em especial, o grupo Educação, Leitura e Recreação (1,22% para 0,15%) – puxado pelo arrefecimento de cursos formais (5,14% para 2,99%) – Habitação (0,18% para 0,07%), Comunicação (0,76% para 0,51%) e Vestuário (0,62% para 0,54%)
Covid mata menos – No nível pandêmico, a média móvel de novos casos em sete dias chegou a 127.077, o que corresponde a uma queda de 29%, ante o patamar anterior, de 14 dias antes, informou o consórcio de veículos de imprensa.
Principais indicadores
Estados Unidos (futuros)
Dow Jones, -0,11%.
S&P 500, -0,13%.
Nasdaq, -0,10%.
Ásia
Shanghai SE (China), +0,57%.
Nikkei (Japão), +2,22%.
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,49%.
Kospi (Coreia do Sul), +1,99%.
Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -0,22%.
DAX (Alemanha), +0,07%.
CAC 40 (França), 0%.
FTSE MIB (Itália), -0,14%.
Commodities
Petróleo WTI, +1,24%, a US$ 93,21 o barril.
Petróleo Brent, +1,12%, a US$ 93,12 o barril.
Minério de ferro, -1,10%, a 720 iuanes ou US$ 113,65 (Bolsa de Dalian – China).
Critptomoedas
Bitcoin, +0,45% a US$ 44.182,00 (cotação de 24 horas).
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