Saúde
Falência do fígado: o culpado pode estar na sua farmácia doméstica
Dados revelam números alarmantes de intoxicações e alertam sobre seu uso indiscriminado, levando autoridades e especialistas a se pronunciarem sobre precauções e cuidados necessários.
O Paracetamol, um dos medicamentos mais populares para o alívio de dores e febre, está sob os holofotes médicos e regulatórios devido à sua associação preocupante com a falência do fígado.
Dados recentes provenientes dos Estados Unidos e do Reino Unido revelam que o uso indiscriminado desse medicamento está emergindo como a principal causa de falência hepática nessas nações.
Os números alarmantes indicam que o Paracetamol é responsável por 45% dos casos de falência hepática nos Estados Unidos e impressionantes 60% no Reino Unido, lançando um sinal de alerta para as autoridades de saúde em ambos os países.
A Dra. Camila Carbone Prado, renomada especialista médica, ressalta que a intoxicação pelo Paracetamol pode ocorrer tanto por uso excessivo em uma única ocasião quanto pela ingestão prolongada de doses superiores às recomendadas para controlar os sintomas.
Fonte: Shidlovski / Shutterstock
Essa tendência preocupante é confirmada por estatísticas do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp, no Brasil, que apontam para um aumento alarmante de 44% nas intoxicações relacionadas ao uso indiscriminado do medicamento entre 2020 e 2021.
O Brasil, apesar de ocupar a 19ª posição na lista de princípios ativos mais vendidos, não está isento dessa crescente preocupação. O Paracetamol figura entre os 25 remédios sem prescrição mais populares, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O aumento significativo das intoxicações hepáticas causadas pelo uso indevido deste medicamento deve servir como um alerta para a população brasileira.
Os danos decorrentes da intoxicação pelo Paracetamol não devem ser subestimados. De acordo com a Dra. Prado, esse tipo de intoxicação pode evoluir para uma hepatite medicamentosa e, em casos extremos, resultar na falência completa do fígado, requerendo até mesmo um transplante hepático para a sobrevivência do paciente.
Especialistas ressaltam que é possível utilizar o Paracetamol de forma segura, desde que algumas precauções sejam observadas.
A hepatologista Manica Viana enfatiza a importância de não combinar o medicamento com álcool, não exceder a dose diária recomendada de três comprimidos e, acima de tudo, buscar orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento com Paracetamol.
A dra. Viana destaca:
“Nenhum medicamento deve ser utilizado sem a supervisão de um médico, mesmo aqueles disponíveis sem prescrição. A conscientização é essencial, e é fundamental manter-se bem hidratado durante o uso do Paracetamol.”
Diante do cenário alarmante que une duas das nações mais desenvolvidas do mundo, o chamado é claro: a segurança e a saúde do fígado devem estar no centro de todas as decisões relacionadas ao uso do Paracetamol.
O acesso facilitado a medicamentos não prescritos traz consigo a responsabilidade de um uso criterioso e informado, para que os benefícios de alívio de dor e febre não se transformem em uma ameaça potencial para a saúde hepática.
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