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Economia

Falta de semicondutores abre crise no segmento de cartões

Segmento, que movimenta R$ 2 tri por ano, ainda não tem solução para o problema

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Reflexo da grave crise que afeta a cadeia de suprimentos mundial, a escassez de semicondutores, depois de paralisar a indústria automobilística, agora afeta o segmento de cartões de pagamento no país, que movimenta anualmente cerca de R$ 2 trilhões, incluindo aí bancos, fintechs e varejistas.

Estoque zerado – A situação é tão alarmante que o estoque de chips pelas emissoras de cartões está praticamente zerado, quando, normalmente, atenderia a demanda pelo prazo de, pelo menos, três meses.

Demanda subestimada – A questão de fundo, na verdade, está relacionada ao aumento da demanda global por circuito integrado, subestimada pelas indústrias asiáticas que fazem a transformação do silício e chip, em sua forma bruta. Ao mesmo tempo, também há carência de contêineres que fazem o transporte do produto, o que obriga as processadoras dos cartões a utilizar o transporte aéreo, bem mais dispendioso.

Espera de semanas – A carência generalizada reeditou a figura da fila, pois agora os clientes das empresas emissoras dos cartões têm de esperar até um mês para receber o cartão, o que traz problemas com datas de pagamentos cadastrados no cartão antigo ou obriga o usuário a adiar o consumo.

Dois anos – Para se ter uma ideia do tamanho do problema, analistas preveem que este só deverá resolvido em dois anos, a ponto de a indústria adotar o escalonamento de entregas e seleção de clientes, como medida emergencial.

Competição acirrada – Ao mesmo tempo, a concorrência nesse mercado continua muito aquecida, sobretudo após a entrada de fintechs e varejistas, que se empenham por ampliar a base de clientes. Dentro dessa estratégia, o cartão seria o ‘portão de entrada’ de futuros negócios.

Participação majoritária – De acordo com o balanço anual produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os plásticos físicos responderam por cerca de 80% dos R$ 2 trilhões de transações realizadas com cartões de débito e crédito e nas operações com cartões pré-pagos. A oferta insuficiente agora também se estende, às maquininhas de pagamentos online, que também utilizam os chips.

Dificuldade generalizada – Segundo especialistas, “todos os emissores que precisam cartões com chip enfrentam dificuldades, como também os credenciadores, que precisam de maquininhas para aceitar o cartão e que não estão disponíveis por falta de chip”, comentou o executivo à frente de uma empresa do setor que não quis se identificar.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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