Família de Paulo Lerner enfrenta batalha na justiça contra banco Itaú

Em junho de 2021, o empresário fundador da Portocar, Paulo Lerner, faleceu vítima da Covid-19, aos 78 anos. Durante suas altas hospitalares e internações, o empresário rompeu na justiça um caso que percorria a pelo menos 10 anos.

O caso ocorreu em 2012, quando o Supremo Tribunal Federal ordenou que a transportadora na qual Lerner era proprietário, fosse indenizada pelo Unibanco, devido ao transporte de malotes que realizava para várias agências do estado. O valor da indenização pode variar, chegando a R$ 2,8 bilhões, porém, o ato pericial não foi realizado para concretizar o conteúdo transportado pela empresa, dessa forma, não obtendo um valor exato.

O banco Itaú Unibanco, afirmou que as informações necessárias quanto ao relacionamento das duas empresas no período da prestação de serviço, estão à disposição para a justiça. Além disso, o advogado contratado pela família de Paulo, informou que ao todo foram realizadas mais de 407 mil coletas ao banco, tendo tudo protocolado internamente, assim, perante a justiça, a empresa possui o direito de receber R$ 25 por coleta realizada e 0,04% do total transportado.

O banco não reconhece a quantia imposta pela perícia, alegando que o valor informado pela empresa de Lerner, não existe diante dos serviços prestados.

Por outro lado, a empresa debate a alegação do banco, mencionando a realização dos transportes serem feitas sem o uso de seguranças armados, carros-fortes, enfrentando assaltos e roubos, e arcando 100% com os prejuízos causados.

Por fim, a filha de Lerner afirma que o banco em nenhum momento durante anos de processo, nem se quer procurou a família para resolver o problema, ponderando que a empresa já apresentou todas as provas sobre coletas e entregas, enquanto o banco, não apresenta o que continha nos malotes.