Economia
Fazenda eleva estimativas de crescimento econômico e inflação
Secretaria de Política Econômica (SPE).
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda ajustou suas previsões para o desempenho da economia brasileira em 2024, aumentando a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 3,3%, conforme divulgado no Boletim Macrofiscal dia 18. Além disso, a projeção de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi elevada de 4,25% para 4,40%.
A revisão para o crescimento do PIB reflete uma leve melhora na expectativa para o terceiro trimestre de 2024, que passou de 0,6% para 0,7%. Embora o resultado indique uma desaceleração moderada no ritmo de atividade econômica, a SPE acredita que ele se deve principalmente à base elevada de comparação do segundo trimestre, que apresentou uma expansão robusta de 1,4%, superando as expectativas iniciais.
De acordo com a SPE, a revisão das previsões é consequência de pequenas revisões nas estimativas de crescimento dos setores agropecuário e de serviços. A expectativa para a agropecuária, que anteriormente apontava uma retração de 1,9%, foi ajustada para uma queda de 1,7%, refletindo uma colheita de algodão mais favorável e melhores resultados na pecuária. No entanto, as perdas esperadas em culturas como laranja, trigo e café continuam a impactar o setor.
Fazenda
A projeção para o setor industrial foi mantida em 3,5%, sustentada pelo bom desempenho esperado para a indústria de transformação e construção, apesar de uma desaceleração prevista para a indústria extrativa e a produção de energia. A indústria de transformação deverá se beneficiar da expansão do crédito e de políticas de estímulo ao investimento, como o novo PAC, além da depreciação acelerada. No setor da construção, o programa Minha Casa, Minha Vida e o aumento da renda real devem impulsionar o crescimento.
Para o setor de serviços, a previsão de crescimento foi revista de 3,3% para 3,4%, após o bom desempenho observado no segundo trimestre. A continuidade da expansão é esperada devido à melhora no mercado de trabalho e nas condições de crédito, embora uma desaceleração seja prevista para os próximos semestres, devido à alta base de comparação e ao impacto de políticas fiscais mais restritivas, como o aumento real do salário mínimo e o pagamento de precatórios.
Inflação
Em relação à inflação, a revisão para o IPCA reflete a aceleração nos preços de itens mais voláteis, como alimentos, que são influenciados por fatores como o câmbio e o clima. No entanto, a expectativa é que a inflação desacelere até o final do ano, especialmente após a mudança na bandeira tarifária de energia elétrica de vermelha para amarela. A SPE projeta uma redução na inflação acumulada em 12 meses a partir de novembro, com a expectativa de bandeira verde para as tarifas de energia em dezembro.
Outros índices de inflação também foram ajustados. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para o reajuste do salário mínimo e aposentadorias, foi elevada para 4,4%, enquanto a estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 3,8% para 6,4%, impulsionada pela variação do dólar e os preços no atacado.
Para 2025, a SPE projeta um crescimento mais modesto de 2,5%, devido à expectativa de um novo ciclo de aumento na taxa Selic. No entanto, a melhora nas expectativas para a safra de grãos e a produção extrativa deverão ajudar a compensar os efeitos negativos da política monetária restritiva. A previsão de inflação para o próximo ano também foi ajustada, passando de 3,3% para 3,6%, devido a pressões no mercado de proteínas animais e os efeitos da depreciação cambial.
Essas estimativas serão consideradas no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será publicado no dia 22 de novembro e contém as previsões de execução do Orçamento, com base nas receitas e nos gastos do governo.
(Com Agência Brasil).

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