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Fed, BCE e reforma do IR ‘mais ágil’ pautam Ibovespa

BCs dos EUA e da Europa devem tornar ‘mais nítidas’, posições sobre política monetária

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Crédito: Circuito MT

O foco principal do mercado, nessa quarta-feira (29) vai para as falas (no início da tarde, pelo horário de Brasília) dos presidentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE), respectivamente, Jerome Powell e Christine Lagarde – durante o Fórum do BCE de Sintra – ambos preocupados com o avanço da inflação em suas jurisdições. No caso ianque, a prioridade é para o monitoramento dos índices inflacionários, enquanto o Fed não decide quando agilizará a retirada do estímulo bilionário mensal (US$ 120 bilhões), que movimenta a maior economia mundial, e o resto do planeta.

Haja paciência – Lagarde, por sua vez, deverá repetir o ‘mantra da paciência’ em relação a um eventual aperto monetário por parte da instituição, que “não deverá agir de forma exagerada para conter a inflação”, uma vez que a economia europeia enfrenta problemas de elevação de preços de energia, gargalos de oferta e custos crescentes dos empréstimos na zona do euro.

Medidas compensatórias – A exemplo do Fed, o BCE também prepara uma retirada trilionária (€ 1,85 trilhão) de seu próprio programa emergencial, criado durante a pandemia, mas permanece a dúvida em relação à adoção de medidas compensatórias quando o ‘estímulo’ deixar de existir. Na véspera (28), Powell admitira, ante o comitê bancário do Senado “que a inflação pode persistir mais tempo do que o esperado por conta de questões em cadeias de suprimento e pressões relativas à reabertura econômica”.

Ásia em baixa – Na Ásia, as bolsas locais fecharam em baixa, como reflexo da desaceleração chinesa e a despeito do anúncio, pela endividada incorporadora (US$ 300 bilhões), de que pretende vender sua participação (US$ 1,5 bilhão) no Banco Shengjing à uma empresa estatal de gestão de ativos, o que levou os papéis da empresa a valorizarem 14,98%, nessa quarta.

Fuga de investidores – Enquanto o Nikkei japonês caiu 2,12%, o Kospi sul-coreano recuou 1,22% e o Shanghai composto chinês encolheu 1,83%. Neste último caso, as cotações recuaram, por conta crise energética chinesa, o que precipitou a saída de investidores de setores industriais, considerados mais vulneráveis daquela economia, como o químico e o siderúrgico. Entre os índices da região, a única exceção foi o Hang Seng, de Hong Kong, que avançou 0,67%,.

Stoxx avança – O índice europeu Stoxx 600 – composto pelas ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus – subia 0,8%, turbinado pelo desempenho positivo do setor automobilístico.  Em consequência, os índices futuros americanos e europeus registram ganhos, nessa quarta, depois de um período de perdas.

Resultado primário – No país, o investidor fica ligado na divulgação, pela manhã, do resultado primário das contas públicas (previsão de déficit de R$ 12,15 bilhões); do Índice de preços ao produtor (IPP na sigla em inglês) de agosto, pelo IBGE, além de dados do Caged de agosto, que dão conta da criação de 272,5 mil novas vagas de emprego no país, de acordo com previsão do consenso Refinitiv.

Reforma ‘a mil’ – Celeridade total para a votação da reforma do Imposto de Renda (IR) e da proposta de emenda à constituição (PEC) que unifica os tributos. É o que prometeu, ontem (28) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para quem “há disposição da apreciação dos projetos de matéria tributária, o mais rapidamente possível, obviamente respeitando as audiências públicas que acontecerão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)”, assinalou.

Planalto pressiona – A declaração de Pacheco não deixa de ser uma resposta à pressão do Planalto por avanços na agenda econômica que garantam o novo programa social-eleitoral do governo, o batizado Auxílio Brasil, cuja prorrogação já é amplamente discutida nos corredores do Legislativo.

Pregação pelo benefício – Em sua pregação a favor da continuidade do benefício, o presidente Bolsonaro argumentou: “Temos que trabalhar, sim, para atender a esses que ainda não retornaram ao mercado de trabalho. O Brasil é grande, é próspero, temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e pedimos a Deus que a pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar à normalidade”.

Tesouro é contra – Em contraponto, na mesma terça, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, deixou claro ser contrário à renovação do auxílio emergencial via crédito extraordinário, o qual deve atender a condições de urgência, relevância e imprevisibilidade”

Apague a luz – Quanto à crise hídrica, a mais grave em 90 anos, o chefe do Executivo se limitou a pedir à população que ‘apague um ponto de luz’, sem esclarecer a real situação de baixa recorde dos reservatórios da região Sudeste, onde se concentra a maior parte dos consumidores do país.

Principais indicadores  

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,63%

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,75%

*Nasdaq Futuro (EUA), +0,97%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,85%

*Dax (Alemanha), +1,06%

*CAC 40 (França), +1,21%

*FTSE MIB (Itália), +0,9%

Ásia

*Nikkei (Japão), -2,12% (fechado)

*Shanghai SE (China), -1,83% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,67% (fechado)

*Kospi (Coreia do Sul), -1,22% (fechado)

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, -0,74%, a US$ 74,73 o barril

*Petróleo Brent, -0,72%, a US$ 78,52 o barril

*Bitcoin, +1,5% a US$ 42.393,57

*Sobre o minério: **O minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian registra alta de 2,13%, a 694 iuanes, ou US$ 107,32

USD/CNY = 6,47

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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