Ações, Units e ETF's
Feriado nos EUA mantém juros futuros em trajetória de alta moderada
Com acordo iminente para teto da dívida ianque, taxa futura para janeiro de 2024 subiu de 13,17% para 13,19%
A baixa liquidez do mercado dos EUA, por conta do Memorial Day – feriado ianque, que ocorre sempre na última segunda-feira de maio, em homenagem aos militares do país, mortos em combate – está determinando ligeira alta para as taxas futuras, hoje (29).
No início da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subia de 13,17%, no ajuste anterior, para 13,19%; a do DI para janeiro de 2025 avançava de 11,43% para 11,49%; a do DI para janeiro de 2026 crescia de 10,89% para 10,94% e a do DI para janeiro de 2027 aumentava de 10,94% para 10,965%.
A despeito da ausência de negócios no mercado estadunidense, os investidores globais acompanham com atenção as nuances das negociações, mantidas entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes do país, Kevin McCarthy, com o objetivo de elevar o teto da dívida pública. A informação mais recente dá conta de que o acordo incluiria limitação dos gastos – exceto aqueles da defesa – e requisitos trabalhistas adicionais referentes a adultos saudáveis, a serem contemplados por alguns programas de assistência.
Para analistas, o avanço das negociações entre democratas e republicanos, ainda com vistas à elevação do teto da dívida, retiraria um componente que vinha afetando os negócios nas últimas semanas, abrindo margem para a recuperação de ativos de risco, no curto prazo. Em outra linha de avaliação, especialistas observam que a performance dos juros futuros estaria atrelada à estabilidade do dólar, ante o iminente acordo da dívida, que evitaria o calote do Executivo ianque.
No front interno, embora as taxas futuras reflitam o impacto positivo da aprovação (por ampla margem de votos pela Câmara dos Deputados, na semana passada), do projeto do novo arcabouço fiscal, a tramitação deste, agora no Senado, poderia ser travada por divergências entre o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – que deseja acelerar a tramitação da matéria –e parlamentares, favoráveis à análise de seu teor pelas respectivas comissões.
Outro fator que influencia na trajetória dos juros futuros, sobretudo de curto prazo, é a redução da expectativa de inflação, em que o Boletim Focus (divulgado também nesta segunda-feira, 29, pelo Banco Central) previu, para este ano, uma queda do IPCA – índice oficial de inflação – de 5,80% para 5,71%.
Já os juros com prazos mais longo, no nível interno, não apresentaram variações significativas, uma vez que, sobre estes ainda pesam incertezas quanto à definição da meta de inflação, que deverá objeto de deliberação, na reunião de junho próximo, do Conselho Monetário Nacional (CMN).
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