Economia
FGV quer criar novo índice para reajuste do aluguel em substituição ao IGP-M
Em março de 2020 o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 2,94% em março. Com este resultado, o índice acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses.
Por conta disso — a título de comparação — em março de 2020 o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses. Isso mostra, como tem sido amplamente repercutido, o quão forte está sendo a pressão sobre os preços no último ano.
“Todos os índices componentes do IGP-M registraram aceleração”, diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV. “Trata-se do maior valor para março desde o início do Plano Real.”
Trata-se de um resultado alarmante para todos, mas que afeta diretamente alguns grupos específicos — como as pessoas que pagam aluguel, já que o índice é utilizado para reajustar contratos do gênero.
IGP-M
À CNN, Braz disse que o resultado do IGP-M em março veio muito influenciado pelo reajuste da gasolina e do diesel, tanto no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que corresponde a 60% da cesta, como no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que reúne outros 30%.
Além disso, o IPA também mostra uma aceleração forte nas commodities, agrícolas e industriais, de mais de 70% em um ano. As matérias-primas nem tanto, mas bens intermediários e finais, sim.
Ele também diz acreditar que o indicador tem potencial para continuar avançando como está pelo menos até o final do primeiro semestre. Uma possível desaceleração só será possível na segunda parte do ano.
A Covid-19 está determinando a aceleração e a desaceleração da demanda por petróleo e, com várias economias reabrindo, vamos ter aumento da demanda e, consequentemente, de preços.
O viés é de alta porque o mundo inteiro está pelo menos um passo à nossa frente e vai retomar as atividades mais cedo. E esse desafio não fica só nos combustíveis, mas também na indústria química, nos defensivos agrícolas.
IPCA
Para Braz, é bem provável que a gente feche 2021 próximo do teto inflacionário. Minhas previsões mostram que o IPCA deve continuar avançando até junho, chegando até cerca de 7% em 12 meses, mas tende a desacelerar depois disso e acabar o ano por volta de 5,1%.
Mas isso vai depender muito do aumento da dívida pública e da prorrogação dos efeitos da Covid-19. O governo deu informações truncadas para a população no último ano, o que atrapalhou muito na gestão da pandemia.
“Temos grandes cidades do Sudeste antecipando feriados, quando já devíamos estar pensando em uma retomada forte. Enquanto a gente viver este dilema, vamos continuar alimentando a inflação”, frisou.
E acrescentou: “a iniciativa privada não vai investir com tantas incertezas e o governo não tem dinheiro para estimular este movimento. Então, enquanto vemos as previsões de inflação aumentarem, também vemos as previsões para o PIB diminuírem.”

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