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Commodities

FMI: volatilidade de commodities ameaça futuro da economia global

Relatório da instituição alerta para o risco de que surjam ‘novos gargalos’ nas cadeias de produção mundiais

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A volatilidade das commodities essenciais (sobretudo, das áreas de energia e alimentos) ganhou impulso a partir da eclosão da pandemia, em 2020, sendo determinante para manter instável a inflação em escala mundial, o que pode comprometer o crescimento da economia global por muitos anos.

A conclusão integra análise constante de relatório divulgado, nesta terça-feira (28) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como subsídio às discussões dos membros do G20, o grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta.

De acordo com o Fundo, mesmo tendo apresentado declínio nos últimos anos, os preços das commodities permanecem em patamares ‘historicamente’ elevados, sem contar os riscos de que ocorram ‘novos gargalos’, por sua vez, induzidos, seja pela crescente fragmentação geoeconômica ou pelo agravamento da crise climática.

Entre os mais vulneráveis à essa volatilidade, o FMI aponta os países exportadores, devido ao impacto desse fenômeno sobre suas finanças, de modo a restringir a capacidade de investimento do setor público. Outra sequela, segundo o estudo da instituição, estaria associada ao risco de as flutuações das commodities produzirem flutuações, também, nas inflações domésticas dos países, no médio prazo.

Como remédio aos efeitos nocivos da citada volatilidade das commodities, o FMI recomenta que a política monetária se concentre em atingir a meta de reduzir a inflação. “Não apertar (o setor monetário) o suficiente, ou reduzir o curso muito cedo, pois isso aumentaria o risco de ajustes mais custosos no futuro, caso a inflação não diminua de forma sustentada. Ao mesmo tempo, bancos centrais devem estar prontos para agir, se surgirem estresses financeiros devido aos juros elevados”, analisa o relatório.

Ao mesmo, o documento do Fundo ressalta que a política fiscal a ser adotada ‘deve se tornar gradualmente restritiva’, por exemplo, ‘eliminando ou substituindo medidas direcionadas para apoiar famílias vulneráveis impactadas por preços elevados das commodities’. Segundo o estudo da instituição, “tais ações ajudariam a evitar distorções que impediriam ou retardariam os ajustes aos preços mais altos da energia. Além disso, preservariam os incentivos para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia verde e apoiariam a sustentabilidade fiscal”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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