Descoberta Impactante: Descubra o Motivo da Piora da Dor em Tratamentos de Câncer e o que os Cientistas têm a Dizer

Quando um paciente está com câncer, o procedimento para tratamento costuma ser feito com uma combinação de medicamentos para fortalecimento do sistema imunológico e quimioterapia.

Acontece que, apesar de ser praticamente o único tratamento disponível atualmente, essa combinação acaba por aumentar os efeitos colaterais e a dor que a pessoa sente.

Até o momento, não era claro o motivo para o aumento das dores durante o tratamento, mas pesquisadores publicaram um estudo na revista Cancer Immunology Research revelando que finalmente conseguiram entender os motivos para a piora das dores.

Esse estudo pode contribuir seriamente para essa área da saúde, já que outros cientistas podem utilizar as informações para tornar o tratamento mais suportável, com o passar do tempo.

Como foi feita a pesquisa

A pesquisa foi realizada através de experimentos com dois tipos de medicamentos utilizados normalmente contra tumores, em especial os de mama e pulmão. Os medicamentos são Paclitaxel e inibidores de pontos de controle da resposta imune (anti-PD1/anti-PD-L1).

Assim, foi possível que o grupo de cientistas percebesse um aumento dos efeitos colaterais nas pessoas que utilizavam os dois medicamentos de maneira combinada.

Dessa maneira, os pesquisadores entenderam que os inibidores de pontos de controle da resposta imune acabam por bloquear uma interação entre as proteínas PD-1 e PD-L1, que auxiliaria na diminuição da dor neuropática consequente do Paclitaxel.

Então, tal bloqueio permite a passagem do efeito colateral com toda a sua intensidade, o que provoca as dores.

As pesquisas foram feitas em roedores, e os cientistas disseram que a comunidade científica já tinha percebido que imunoterapias acompanhadas de Paclitaxel aumentavam a dor dos pacientes, em estudos clínicos, o que podia significar maior neurotoxicidade.

Então, a ideia agora é que essa descoberta possa auxiliar em novas alternativas medicinais que possam prevenir ou ao menos diminuir as dores que afligem os pacientes com câncer quando estão passando pelo tratamento.

O grupo de pesquisadores disse o seguinte:

“Descobrindo que essa interação neuroimune pode atenuar o desenvolvimento da dor neuropática associada ao tratamento de câncer, acreditamos que seja possível explorar esse mecanismo em outros modelos de doenças.”