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Agronegócio

Fonte da juventude? Conheça o estudo americano sobre os peixes-búfalos (Ictiobus cyprinellus) com mais de 100 anos

O peixe-búfalo é uma espécie única que surpreendeu os cientistas após ser comprovado que eles podem viver mais de 100 anos

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Recentes descobertas no deserto do leste do Arizona revelaram um fenômeno surpreendente: a maioria dos peixes-búfalos que habita esse remoto lago possui mais de cem anos de idade.

Este achado inovador desafia conceitos antigos sobre a vida desses peixes, os quais pertencem ao gênero Ictiobus cyprinellus, composto por cinco espécies nativas da América do Norte.

Fonte: fishbase.se/Reprodução

Desafiando crenças antigas

Até alguns anos atrás, acreditava-se que os peixes-búfalos viviam apenas cerca de 20 anos. No entanto, pesquisas recentes revelaram que o peixe-búfalo de boca grande pode atingir incríveis 112 anos, tornando-o o teleósteo de água doce mais longevo conhecido.

Em janeiro, pesquisadores anunciaram a descoberta de um peixe-búfalo de 127 anos no Canadá. Agora, um estudo recente publicado na Scientific Reports confirmou que duas outras espécies, o búfalo de boca pequena e o búfalo preto, também podem viver mais de cem anos, tornando-os únicos no reino animal, ao lado do peixe-pedra marinho, Sebastes.

O estudo no Arizona

Para conduzir o estudo, dezenas de pescadores capturaram 222 peixes-búfalos no Apache Lake de 2018 a 2023. Análises dos otólitos, pequenas estruturas no ouvido interno, revelaram que cerca de 90% desses peixes-búfalos tinham mais de 85 anos.

Essa pesquisa englobou três espécies: búfalo de boca pequena, búfalo de boca grande e búfalo preto, todos com mais de cem anos de idade.

Peixes não nativos resilientes no Arizona

Ainda mais notável é o fato de que esses peixes-búfalos não são nativos do Arizona. Cerca de 400 deles foram introduzidos no estado em 1918 como parte de um plano para estabelecer uma pesca comercial no Roosevelt Lake.

Eles acabaram migrando para o Apache Lake, desafiando as expectativas ao prosperarem por um século em um ambiente desértico e acidentado.

Segredos da longevidade e resiliência

O estudo também revelou que esses peixes-búfalos continuam a viver plenamente até os 80 e 90 anos, demonstrando melhor resposta ao estresse e função imunológica em comparação com indivíduos mais jovens.

Essas descobertas são particularmente intrigantes, considerando que os peixes-búfalos podem passar décadas entre reproduções bem-sucedidas, adaptando-se a condições ambientais específicas para procriar.

Perspectivas para o futuro: fonte da juventude desvendada?

A pesquisa sobre a longevidade dos peixes-búfalos pode fornecer insights valiosos sobre a vida dos vertebrados, incluindo os seres humanos.

Como esses peixes mais velhos demonstram menor estresse e uma resposta imunológica mais forte, estudar sua fisiologia pode abrir caminho para desvendar os segredos da juventude e da resiliência.

Enquanto cientistas exploram essas fascinantes descobertas, a conservação dos peixes-búfalos torna-se uma prioridade.

A pesca, especialmente no Arizona, onde esses peixes são apreciados como espécie esportiva, exige regulamentações cuidadosas para garantir a preservação desses notáveis habitantes aquáticos.

Os peixes-búfalos do deserto do Arizona continuam a surpreender cientistas e entusiastas da natureza, desafiando as expectativas sobre longevidade e resiliência.

Essa jornada surpreendente destaca a importância de estudar e preservar esses peixes não nativos, proporcionando não apenas uma visão única da vida aquática, mas também pistas valiosas sobre como a longevidade pode ser alcançada em diversas formas de vida.

Jornalista, apaixonada por escrita desde pequena me encontrei no universo da comunicação digital. Já escrevi sobre diversos assuntos e minha missão é levar informação e conhecimento de forma simples e objetiva para o leitor, seja ele quem for!

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