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Fragilidade econômica da China põe em risco demanda global por commodities
É o que apontam especialistas, face aos entraves à retomada do crescimento pelo gigante asiático
A reiterada fragilidade da economia da China constitui hoje a maior ameaça à demanda global por matérias-primas, como as commodities, no caso do Brasil. Essa é a constatação feita por especialistas, ante o desafio estrutural, enfrentado pelo governo de Pequim, no sentido de deslocar o foco de sua economia, do consumo para os investimentos, opção que contemplaria, porém, mais os setores de combustíveis e investimentos, em detrimento de outros, mais tradicionais, ligados aos metais e à construção civil.
Reforça tal cenário preocupante, o fato de que os traders locais procuram superar as dificuldades do gigante asiático, em decorrência da prolongada crise do setor imobiliário, além de deflação, exportações fracas e queda do yuan, a moeda nacional. Em consequência, prosseguem os sinais de deterioração, tanto da atividade econômica, quanto dos fluxos de crédito do país oriental, o que coloca ‘em xeque’ suas ‘ousadas’ metas de crescimento.
Em que pese o esforço governamental de impulsionar o setor de construção, mediante adoção de estímulos, como a queda recente dos juros pelo banco central chinês (PBoC), a melhor perspectiva é oferecida pelos ‘pesados’ investimentos chineses em energia lima, o que deve impulsionar a demanda por matérias-primas ligadas à transição verde, como o cobre. Em contrapartida, haveria restrição crescente ao consumo dos chamados combustíveis fósseis, sobretudo, de petróleo.
Enquanto isso, o setor de metais básicos amarga um forte desaquecimento, comprimindo ao extremo as margens das empresas de fundição e dos fabricantes mandarins, enquanto a rentabilidade apresentou o pior desempenho, em mais de uma década. No caso específico do alumínio, o recuo das margens de comercialização decorre de uma concorrência ‘feroz’ em alguns segmentos, conforme assinala o analista da Guotai Junan Futures, Wang Rong.
Hoje responsável por até 40% da demanda do aço local, o setor de construção civil (leia-se, incorporadoras e construtoras) se mantém em dificuldades financeiras, ainda insanáveis, que tem impactado negativamente o ‘totem’ da velha economia mandarim, a mineração.
Pelo menos, por enquanto, as apostas do mercado têm obtido êxito em sustentar a cotação do minério de ferro no patamar de US$ 100 por tonelada. Mas para que tal nível se mantenha por mais tempo, Pequim terá de realizar grandes despesas em obras públicas. De qualquer sorte, o diretor-gerente da Navigate Commodities, Atilla Widnell adverte para o risco de “as usinas siderúrgicas ficarem ‘altamente expostas’, se houver uma recuperação repentina na demanda por aço, este é um ponto relativamente discutível, dada a saúde precária da economia industrial da China”.
A incerteza quanto ao futuro da segunda maior economia do planeta levou os fundos estrangeiros a venderem o equivalente a US$ 10,7 bilhões de ações chinesas, em menos de duas semanas de resgates líquidos, contadas até esta quarta-feira (23). Essa ‘fuga’ tende a se intensificar, à medida que a confiança do mercado na economia se reduz e se aprofunda a crise imobiliária.

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