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Franqueada do Burger King declara falência e acende alerta no setor

Após prejuízos e dívidas milionárias, franqueada do Burger King entra em falência. Entenda o caso.

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Mais uma grande franqueada do Burger King entrou com pedido de falência nos Estados Unidos. Com 57 restaurantes localizados na Flórida e na Geórgia, a Consolidated Burger Holdings e suas afiliadas registraram o processo de recuperação judicial no dia 14 de abril, alegando dificuldades financeiras agravadas por dívidas e queda nas vendas.

A rede, sediada em Destin, na Flórida, opera em três grupos regionais, sendo o maior deles em Tallahassee, com nove unidades. Dos 57 restaurantes, 53 são tradicionais e quatro funcionam dentro de lojas do Walmart.

Segundo documentos judiciais, a empresa tem dívidas de aproximadamente US$ 36,6 milhões e contava com apenas US$ 179 mil em caixa no momento do pedido.

Pandemia e inflação contribuíram para falência de franqueada do Burger King

A empresa afirma que enfrenta dificuldades há anos, agravadas por fatores como a pandemia de COVID-19, inflação, alta nos custos operacionais e queda no fluxo de clientes. Em 2024, a Consolidated registrou faturamento de US$ 67 milhões, quase US$ 10 milhões a menos que no ano anterior, acumulando um prejuízo operacional de US$ 12,5 milhões.

Apesar de reformas e modernizações em suas unidades desde 2018, a franqueada não conseguiu recuperar o desempenho financeiro. Seus ativos foram oferecidos no mercado por sete meses, mas não houve interessados dispostos a fechar negócio. A prioridade agora é vender os bens da empresa com supervisão judicial.

O caso não é isolado. Em 2023, outras franqueadas do Burger King, como a TOMS King e a Premier Kings, também entraram com pedidos de falência. A rede vem reestruturando seu modelo de negócios nos Estados Unidos, com investimentos bilionários em remodelações, digitalização e marketing.

A meta é modernizar entre 85% e 90% das lojas até 2028.

Futuro das franquias

Burger King mantém atuação no Brasil, e franquias da rede continuam acessíveis para investidores. (Foto: Mike Mozart/Flickr)

Diante desse cenário no exterior, é natural que surjam dúvidas: ainda vale a pena investir em franquias — especialmente no Brasil? A resposta depende de diversos fatores, mas o modelo segue sendo atrativo por aqui.

Redes com menor custo inicial, suporte mais próximo ao franqueado e alto reconhecimento entre os consumidores tornam-se diferenciais competitivos importantes.

Portanto, investir em franquias pode representar uma porta de entrada segura para o empreendedorismo, desde que haja análise criteriosa do mercado, gestão eficiente e alinhamento com o perfil do investidor. Escolher marcas com bom histórico, apoio contínuo e estabilidade no país faz toda a diferença para transformar o risco em oportunidade.

*Com informações de QSR Magazine.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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