Cotidiano
Fundador da G4, Tallis Gomes deixa cargo de CEO
Problema decorrente de afirmações polêmicas.
Tallis Gomes, fundador e até então CEO da G4, uma startup focada em educação corporativa, anunciou sua saída da liderança da empresa. A decisão veio após a repercussão negativa de suas declarações sobre a capacidade das mulheres ocuparem cargos de liderança, gerando uma crise de imagem para a companhia.
Quem assume a posição de CEO é Maria Isabel Antonini, antiga CFO da G4, que já passou por grandes empresas como Via Varejo, Grupo Pão de Açúcar, Itaú e CEMIG. A escolha de Antonini, uma mulher, para a liderança é vista como uma resposta direta à polêmica gerada por Gomes.
As declarações controversas de Tallis Gomes surgiram quando ele afirmou que não acreditava que as mulheres fossem “cascudas” o suficiente para serem CEOs e que deveriam focar suas “energias” no cuidado da família. Essa visão gerou uma onda de críticas nas redes sociais, com a grande maioria dos comentários reprovando o posicionamento do empresário.
Tallis Gomes
Embora a nota oficial da G4 não esclareça se Gomes saiu por decisão própria ou foi afastado, a saída parece ter sido uma medida estratégica para tentar conter o dano à imagem da empresa. Além da forte repercussão nas redes sociais, Gomes começou a sentir os impactos profissionais, como sua saída do conselho da marca de lingerie Hope e o cancelamento de palestras em que seria convidado a falar.
Em resposta à crise, a G4 emitiu uma nota reforçando a importância das lideranças femininas e os benefícios que a inclusão traz para a sociedade, afirmando que “não haverá retrocesso”.
Tallis Gomes também se manifestou, admitindo o erro: “Os últimos dias foram de muita reflexão. Tudo começou com um texto no qual me expressei de forma inaceitável sobre o papel das mulheres. Reconheci o erro e pedi desculpas sinceras. Ouvi mulheres que admiro e respeito e agradeço imensamente cada uma das conversas”, disse ele.
Recorrência
A polêmica mais recente envolvendo Gomes começou após ele responder a um seguidor em seu Instagram, que o questionou se ele se casaria com uma mulher que fosse CEO de uma grande empresa. Gomes respondeu que “Deus me livre de mulher CEO”, afirmando que, salvo exceções, esse tipo de mulher passaria por um processo de masculinização, negligenciando o lar e a família. Ele acrescentou que esse “não seria o melhor uso da energia feminina”, defendendo que as mulheres deveriam focar na construção do lar.
Essa não é a primeira vez que o empresário se envolve em controvérsias. Em julho de 2024, Gomes causou repercussão ao afirmar publicamente que não contratava funcionários de esquerda. A declaração foi feita durante o podcast *Café com o Ferri*, no qual ele disse: “Esquerdista é mimizento, não trabalha duro, fica com esses negócios de que parece que todo mundo deve algo para ele”. Na mesma entrevista, ele também defendeu jornadas de trabalho intensas, afirmando que “sem trabalhar entre 70 a 80 horas por semana, é impossível construir algo”.
Esses comentários, somados às recentes declarações sobre as mulheres, intensificaram a pressão sobre o empresário, levando à sua saída do cargo de CEO da G4.

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