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Ganhos reais desvendados: Motoristas e entregadores de apps – Surpresa!
Motoristas e entregadores de aplicativos são essenciais para empresas e pessoas no Brasil, mas ainda sofrem com a precarização e falta de regulamentação.
Recentemente, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) e o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) realizaram uma pesquisa inédita que revelou a média líquida desses profissionais. As empresas seguidoras foram 99, iFood, Uber e Zé Delivery.
Quanto ganha um entregador e um motorista de aplicativo?
Segundo a pesquisa, a renda líquida média dos trabalhadores de aplicativo, considerando uma jornada de 40 horas semanais, sem gastos com manutenção dos veículos, é de R$ 2.925 a R$ 4.756 para motoristas e R$ 1.980 a R$ 3.039 para entregadores.
O tempo de ociosidade impacta a variação salarial, já que muitas vezes os parceiros ficam sem realizar corridas ou entregas. Vale ressaltar que, durante a pesquisa, de agosto a novembro de 2022, o salário mínimo era de R$ 1.212.
A carga horária média dos motoristas varia de 22 a 31 horas semanais, enquanto a dos entregadores vai de 13 a 17 horas por semana. Cerca de 48% dos entregadores e 37% dos motoristas realizam outras atividades além das realizadas nos aplicativos.
Outros dados importantes
A pesquisa também trouxe dados sobre a demografia dos profissionais. No caso dos motoristas, a média de idade é de 39 anos, 95% são homens, 62% se declaram negros ou pardos e 60% têm ao menos o ensino médio completo, sendo que 19% possuem diploma universitário.
Já entre os entregadores, a idade média é de 33 anos, 97% são homens, 68% se consideram negros ou pardos e 59% têm o ensino médio completo, com 9% possuindo curso superior.
Além disso, 67% dos entregadores realizavam alguma atividade econômica antes do aplicativo, sendo que 27% já trabalhavam com entregas. O diretor-executivo da Amobitec, André Porto, destacou que essa pesquisa pode contribuir para o debate sobre a regulamentação do trabalho em plataformas:
“Em um momento em que governo, trabalhadores e empresas se preparam para discutir maneiras de regular o trabalho em plataformas, percebemos que há na sociedade um desconhecimento muito grande sobre esse tipo de atividade e esperamos contribuir para o debate com informações precisas e abrangentes.”
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