Geração Millennials é a mais afetada pelo aumento do custo de vida

A economia passou por uma fase muito ruim durante a pandemia, e ainda está na tentativa de se recuperar. Muitas pessoas perderam o emprego devido à instabilidade provocada pelo cenário, e o custo de vida acabou ficando ainda mais caro, devido à inflação que se instaurou.

Mas quem sofreu mais com essa crise financeira? Sabemos que a população mais pobre foi a mais atingida, mas hoje viemos falar de gerações. De acordo com um estudo do Reino Unido, que cruzou os dados econômicos com as gerações de nascimento, os Millennials foram os que mais sofreram.

Quem se encaixa nessa geração é a população que nasceu entre 1981 e 1996. Essa geração já vive a independência financeira, mas está sentindo muito o impacto dessa perda de poder compra gerada pela instabilidade econômica.

A pesquisa mostra que os Millennials possuem mais dificuldade para conquistar bens que a geração anterior já possui, e isso agrava a insatisfação econômica, principalmente após a crise gerada pela pandemia.

Participaram da pesquisa um total de 3 mil britânicos, que responderam a perguntas pelo aplicativo Moneybox, que auxilia nos assuntos de investimento e poupança. O objetivo do estudo foi entender o impacto da crise financeira no estilo de vida das pessoas, e, durante a análise de dados, os participantes foram separados por gerações.

De acordo com 70% dos Millennials que participaram da pesquisa, este aumento no custo de vida tem afetado seus objetivos financeiros, não só a curto prazo, enquanto a crise está durando, e sim em médio e longo prazo. A maior parte desses participantes estão recorrendo a outros meios para manter o estilo de vida de antes.

O efeito da crise fez com que cerca de 65% dessas pessoas se preocupassem mais com a educação financeira, e 53% disse que chegou a reduzir o lazer e experiências mais caras do seu estilo de vida.

A pesquisa mostrou, no entanto, que poucos Millennials conseguem ter uma reserva de emergência. Apenas 27% dos participantes responderam possuir um dinheiro guardado para o caso de precisarem. Além disso, 28% apenas disse que planejam suas finanças.

A falta de educação financeira da geração é preocupante, e a falta de reservas financeiras pode levar a inadimplência e até mesmo a falência, caso fiquem sem emprego.

A taxa de pessoas ansiosas ao planejar a aposentadoria também é muito alta. Cerca de 55% dos entrevistados relataram esse tipo de sentimento quando pensam no futuro, 29% respondem que nem sequer pensam em um futuro tão distante.