Goiás pode criar maior ecossistema de bioinsumos do país

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) anunciou, nesta semana, que pretende investir R$ 8 milhões para o desenvolvimento e a disseminação da tecnologia na pesquisa de inovação em bioinsumos do Brasil. Em 2022, 13 biofábricas reforçarão o segmento da pesquisa, e o Estado de Goiás espera criar o maior ecossistema de bioinsumos do País.

Nove das 13 biofábricas serão instaladas em unidades do IF Goiano, no interior do Estado: duas na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, e duas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis. No início de 2022, com recursos do Tesouro Estadual, os equipamentos para as biofábricas já poderão ser adquiridos.

De acordo com Tiago Mendonça, titular da Seapa, os insumos biológicos apesentam muitas vantagens. “São produtos de baixo impacto ambiental, que reduzem custos e aumentam a qualidade da produção. Produzindo bioinsumos dentro da propriedade, o produtor reduz riscos e garante um maior controle da sua atividade”, afirmou.

Além disso, o titular destacou o empenho goiano no setor. “Goiás foi pioneiro na aprovação de uma Lei Estadual de Bioinsumos, que está servindo de modelo para outros Estados. Com estes investimentos a caminho, ganharemos novo impulso na pesquisa e disseminação de conhecimento sobre bioinsumos”, disse.

Robson Vieira, Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, informou que este é um trabalho que será desenvolvido pelos próximos dez ou onze anos. O Presidente ainda explicou que parte das estruturas para as biofábricas serão destinadas para avaliação de qualidade do produto e transferência de conhecimento ao produtor e outra parte para a pesquisa e inovação. “É necessária a pesquisa e também a transferência de conhecimento de forma cuidadosa, com qualidade, criando metodologia, de forma a propiciar redução de custo e aumento da produção lá na ponta”, informou.