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Economia

Novo esquema na praça: Saiba tudo sobre o golpe que parece agendamento de Pix

Cibercriminosos utilizam recurso de agendamento de Pix para roubar dinheiro das vítimas. Entenda como funciona.

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Um novo golpe criado por cibercriminosos utiliza como isca o agendamento de Pix. Desde que o sistema se pagamento do Banco Central foi criado, em novembro do ano passado, mais esquemas envolvendo mensagens fraudulentas (ou “phishing”) surgem a cada dia.

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Segundo a empresa tecnológica Kaspersky, mais de 18 milhões de tentativas deste tipo de ataque foram bloqueadas no Brasil só em 2021. Mais de 80% delas traziam mensagens fraudulentas envolvendo o nome de instituições financeiras.

Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, acredita que o Pix atrai cibercriminosos “por causa da sua aderência, facilidade de uso e rapidez de transferência”. O sistema permite transferências instantâneas a qualquer hora do dia.

Como funciona o golpe

Desde 1º de setembro, é possível agendar um Pix. O usuário escolhe uma data para a transação e o valor fica retido pela sua instituição financeira, mas não aparece no extrato do recebedor. O beneficiário da transferência só é avisado da operação na data marcada, quando o dinheiro cai na conta.

“Identificamos a criação de diversos sites falsos utilizando o cadastro de chaves antes mesmo do Pix começar a valer. Os ataques mais comuns focados no sistema são os phishing. As pessoas recebem links fraudulentos por e-mail ou SMS informando descontos caso o pagamento seja realizado pela modalidade”, explica Assolini.

Ao clicar nesses links, a vítima compartilha dados pessoas importantes, liberando até mesmo o acesso ao seu celular.

Como evitar golpes com o Pix?

Para evitar esse tipo de golpe, o especialista sugere a “separação entre o smartphone de uso diário e smartphone com contas bancárias”. De acordo com ele, isso “impede que um criminoso tenha acesso aos dados bancários em caso de roubo ou perda do celular”.

“Além disso, ter uma boa solução de segurança evita que o celular seja infectado por trojans bancários e seja comprometido remotamente por cibercriminosos”, acrescenta.

Outra solução é apagar dados pessoais do aparelho em caso de perda ou roubo, além desconfiar sempre de mensagens contendo links suspeitos.

“Sempre acessar os canais oficiais das empresas para confirmar se são reais. E antes de clicar em um link, verifique o endereço para onde será redirecionado e o remetente, para garantir que são genuínos. Além da atenção ao remetente, se não tiver certeza de que a mensagem é real e segura, não coloque informações pessoais ou realize pagamentos”, completa Assolini.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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