Governo do RJ propõe preço para metro cúbico de água da Cedae em leilão

O governo do Rio de Janeiro recomendou nesta terça-feira um novo preço para o metro cúbico de água que será comercializado pela Cedae ao vendedor do leilão de concessão de partes da empresa, em uma esperança de evitar o fracasso do processo.

Há meses trabalhando no leilão de duas áreas da estatal do Rio de Janeiro, o BNDES esperava que um edital de concessão pudesse ser divulgado até o final deste ano, antes dos novos prefeitos tomarem posse no começo de 2021.

Contudo, o governo fluminense ainda não atingiu um consenso com o banco a respeito do valor da água que será vendida pela Cedae ao concessionário que irá operar as áreas de distribuição de água e de tratamento de esgoto da companhia.

O governador interino do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse nesta terça-feira que o preço sugerido pelo governo pelo metro cúbico é de 1,70 a 1,80 reais, número que fica entre os 1,46 real proposto pelo BNDES para aumentar o valor a ser levantado no leilão, e os 2,30 recomendados pela própria estatal.

“Acho que assim ainda dá para lançar o edital este ano…É uma licitação de 12, 13 bilhões de reais”, afirmou Castro.

O preço informado por Castro vai inevitavelmente diminuiu o valor da outorga mínima da Cedae, definida em 10,6 bilhões de reais, afirmou uma fonte ligada às negociações.

“Vai comer uns 2 a 3 bilhões da outorga. Se ele topar, (o leilão) vai para frente. Mas mudam as premissas”, avaliou a fonte.

O grupo BRK Ambiental surpreendeu o mercado em setembro ao oferecer outorga de 2 bilhões de reais para levar o leilão de concessão de serviços de água e esgoto da região metropolitana de Maceió, o primeiro certame realizado sob o novo marco do saneamento. O edital definia cerca de 15 milhões de reais com valor mínimo.