Política
Groenlândia, Panamá e Canadá: por que Trump quer o controle dessas regiões?
Presidente eleito Donald Trump surpreende ao anunciar intenção de controlar Groenlândia, Canal do Panamá e Canadá.
Em uma coletiva de imprensa realizada na Flórida, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, reafirmou suas intenções de expandir o território americano. Ele destacou a importância estratégica da Groenlândia, território autônomo dinamarquês, e do Canal do Panamá para a segurança nacional.
Com a posse marcada para breve, Trump não descartou o uso de força militar ou econômica para adquirir esses territórios. As declarações geraram controvérsia no cenário internacional.
Ele enfatizou que a segurança econômica dos EUA depende dessas regiões, e tanto a Dinamarca quanto o Panamá rejeitaram veementemente qualquer sugestão de ceder controle ao governo americano.
Além disso, Trump mencionou a possibilidade de anexar o Canadá, chamando a fronteira entre os países de “linha artificialmente traçada”.
As declarações foram recebidas com descrença pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que afirmou categoricamente que não há possibilidade de fusão entre as duas nações.
Interesses dos EUA na Groenlândia e no Canal do Panamá
A localização geoestratégica da Groenlândia, que fica na rota mais curta entre a América do Norte e a Europa, é altamente valorizada por Trump. A ilha possui uma instalação espacial americana e abundantes reservas de minerais de terras raras, essenciais para tecnologias modernas.
A visita de Donald Trump Jr. à ilha intensificou as discussões, embora a Dinamarca tenha reafirmado que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses”.
O Canal do Panamá, vital para o comércio global, também está na mira de Trump. Ele argumenta que o local é operado por interesses chineses, afirmação negada pelo presidente José Raúl Mulino.
Entregue ao Panamá por Jimmy Carter em 1977, o canal é uma peça-chave na ambição geopolítica de Trump.
Em uma declaração repleta de falas polêmicas, o presidente eleito sugeriu a troca de nome do Golfo do México para “Golfo da América”, reiterou sua oposição à energia eólica, criticou as regulamentações ambientais, além do sistema eleitoral dos EUA e dos vários processos judiciais contra ele.
Reações internacionais
As propostas de Trump reacenderam tensões diplomáticas e levantaram questões sobre o realismo de suas intenções expansionistas.
Com uma agenda política que desafia normas internacionais, o político busca redefinir alianças e estratégias de segurança em seu mandato. Contudo, observadores estão céticos quanto à viabilidade e lógica de suas ambições territoriais.
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