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Economia

Grupo de medicina Fleury quer ser ‘o marketplace da saúde’ no Brasil

Plataforma Saúde iD unifica informações sobre saúde de um indivíduo em um só ambiente.

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O Fleury quer expandir a medicina preventiva no Brasil, ramo que vem crescendo nos últimos meses com o avanço da telemedicina após a pandemia de coronavírus, e para isso vai apostar no uso de tecnologia de dados.

A empresa lançou a Saúde iD, uma plataforma eletrônica abastecida por prontuários médicos, e os próprios pacientes escolhem se compartilham seus dados com médicos, operadoras de planos de saúde, entre outros. Em um paralelo com o setor financeiro, modelo lembra o open banking, que unifica informações bancárias de um indivíduo em um só local.

Carlos Marinelli, presidente do Fleury, acredita que a centralização das informações médicas aumenta a eficiência dos recursos gastos com procedimentos médicos, eliminando por exemplo a repetição de exames quando um paciente muda de médico ou de plano.

“Isso contribui para reduzir a inflação médica, que tem tido variação sempre muito maior do que a dos índices de preços”, disse Marinelli.

A Saúde iD também oferece serviços de prevenção de doenças crônicas que, em conjunto com algoritmos preditivos e de análise de saúde, abrem espaço para oferta de uma variedade de soluções, que vão desde de venda de medicamentos a kits de alimentação saudável.

“Seremos o maior marketplace de saúde do país”, acrescentou o executivo.

A plataforma terá início com 7 milhões de vidas, incluindo 4 milhões de sua unidade SantéCorp. A empresa está negociando com 10 grandes empresas do país a inclusão de suas bases de funcionários na plataforma, e a pretensão para os próximos meses é incluir pessoas físicas de forma individual.

Aa empresas brasileiras têm buscado a redução de custos devido aos efeitos recessivos da pandemia, com as despesas com saúde sendo o segundo maior item da folha, atrás apenas salários, e o movimento vem na esteira dessa demanda.

Quem também parece ter gostado da solução são empregadores e planos de saúde, que apoiam uma abordagem preventiva nos gastos com saúde, especialmente para combate a doenças crônicas, como diabetes.

Dessa forma a expectativa do Fleury é que a Saúde iD represente de 5% a 10% de sua receita total em três anos, que chegou a 3 bilhões de reais no ano passado.

Cada vez mais grandes empresas de tecnologia, como Google e Apple, vêm ampliando investimentos em softwares e dispositivos para saúde, tendência que o grupo está acompanhando.

A Saúde iD tem um modelo parecido com os usados pela chinesas WeDoctor, apoiada pela Tencent, braço de saúde do Alibaba, e Ping An Good Doctor. A plataforma, já de começo, conta com cerca de 300 profissionais e opera como uma empresa autônoma, presidida por Eduardo Oliveira, mesmo que seja totalmente controlada pelo Fleury.

O grupo está bem capitalizado, com mais de 1 bilhão de reais em caixa, mostrando que está pronto para respaldar o investimento necessário para expansão da Saúde iD, garantiu Marinelli.

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