'Guerra' contra robô de inteligência artificial: sites bloqueiam ChatGPT

Segundo as últimas informações divulgadas por diversos portais ao redor do mundo, vários sites de grandes empresas bastante conhecidas no mercado, como Reuters, Amazon e The New York Times, simplesmente bloquearam o GPTBot, o robô da OpenAI — a empresa responsável pela criação do icônico ChatGPT.

A principal função da referida invenção era rastrear textos na web para que a plataforma da companhia pudesse ser alimentada e, assim, treinada, de modo a evoluir cada vez mais. Ao que parece, até a data de 22/08, cerca de 69 páginas bloquearam a ferramenta, de acordo com um levantamento feito pela Originality.ai.

Pelo menos 15% dos mil sites mais populares barraram o GPTBot nas últimas duas semanas. “O GPTBot foi lançado há 14 dias e a porcentagem dos mil principais sites que o bloqueiam aumenta constantemente”, afirma a pesquisa.

Quais são os resultados práticos da ação?

Esse tipo de obstrução não permite que itens protegidos por direitos autorais sejam utilizados para o treinamento e a alimentação da Inteligência Artificial (IA). Logo, será necessário que a organização responsável busque novas alternativas para suprir a necessidade de informações de que o seu robô precisa.

“Propriedade intelectual é a força vital dos nossos negócios, e precisamos proteger os direitos autorais do nosso conteúdo”, disse um porta-voz da agência de notícias Reuters ao jornal The Guardian.

O processo de análise foi realizado entre os dias 8 e 22 de agosto. O estudo analisou meticulosamente todos os arquivos robots.txt presentes nos endereços on-line selecionados para confirmar se o GPTBot foi bloqueado ou não.

O debate sobre a proteção de conteúdo autoral e o seu uso por Inteligências Artificiais (IAs) não é algo novo. No início de 2023, mais precisamente em janeiro, o banco de imagens Getty Images entrou na justiça para processar os idealizadores da IA chamada Stable Diffusion por usarem suas fotos para treinar o próprio sistema.

Por fim, o ChatGPT foi lançado em novembro de 2022 e foi o estopim da “moda” das Inteligências Artificiais Generativas, ou seja, mecanismos capazes de gerar textos, imagens, vídeos e interações diversas. A partir desse ponto, grandes empresas, como Google e Microsoft, começaram a desenvolver seus próprios modelos.