Herança Alcoólica? Como Seu Histórico Familiar Influencia a Forma Como Você Bebe!

A relação entre o histórico familiar e os hábitos de consumo de álcool é um tema complexo e profundamente enraizado em muitas famílias.

Para entender isso melhor, vamos olhar para a história de Stephen, um médico de 53 anos, cuja infância foi marcada pela presença constante do álcool em reuniões familiares e celebrações. “Não acontecia nada sem que houvesse baldes de cerveja incluídos”, relembra ele sobre os eventos familiares de sua juventude.

Genética e ambiente: um duplo impacto

Estudos indicam que ter um parente próximo com problemas de alcoolismo aumenta consideravelmente a probabilidade de uma pessoa desenvolver o mesmo problema. Aproximadamente metade do risco de alcoolismo é atribuída a fatores genéticos, mas o ambiente em que uma pessoa cresce também desempenha um papel significativo.

Embora nenhum gene específico seja totalmente responsável pelo alcoolismo, vários genes afetam características relacionadas ao consumo de álcool, como o modo como o corpo processa o álcool.

Pessoas com certas variantes genéticas podem achar o álcool fisicamente desagradável, o que reduz o risco de consumi-lo em excesso. Em contrapartida, pessoas que metabolizam o álcool de maneira que lhes permite beber grandes quantidades antes de sentir seus efeitos correm um risco maior.

Essas pessoas têm um risco maior de distúrbio de uso do álcool porque tendem a beber mais, observa o Dr. Marc Schuckit.

O ambiente em que uma pessoa cresce também afeta suas atitudes em relação ao álcool. Famílias onde o consumo excessivo de álcool é normalizado podem inadvertidamente encorajar seus membros a experimentar e, potencialmente, desenvolver dependência.

Por exemplo, a maneira como Stephen foi exposto ao álcool em sua família influenciou significativamente seus padrões de consumo na idade adulta.

Prevenção e reconhecimento do problema

A prevenção do alcoolismo envolve compreender os riscos e adotar estratégias para minimizá-los. Abster-se de beber é a forma mais eficaz de prevenir o problema, mas, se isso não for possível, a moderação é a chave.

“Defina limites pessoais, escreva-os e tente cumpri-los”, aconselha a Dra. Kathleen Brady. Além disso, é importante estar ciente das razões pelas quais você bebe e buscar alternativas saudáveis para lidar com situações estressantes ou sociais.

Para Stephen, foi a insistência de sua esposa para que buscasse ajuda que o fez reconhecer seu problema com o álcool. Agora, com sete anos de sobriedade, ele reflete sobre como pode ser difícil reconhecer o alcoolismo em si mesmo.