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Economia

Herdeiros de milionários recorrem a fundo para garantir parte da herança; Entenda

Existem diversas lutas judiciais por herança acontecendo neste momento em todo o país. Mas o que leva um herdeiro a recorrer a fundos?

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Brigas judiciais por herança geralmente demandam tempo, tornando-se é um processo cansativo e demorado, que pode se estender por anos. Podem ocorrer intrigas entre pais, filhos, irmãos e até tios no meio desse processo, mas o que leva o herdeiro a procurar um fundo especializado em investimentos alternativos, mais especificamente, o direito hereditário?

Isso não acontece apenas com pessoas de classe média, mas também com milionários (e bilionários também), como vem acontecendo publicamente com os herdeiros do hotel recentemente fechado, Maksoud Plaza, e também com a tradicional rede varejista Pernambucanas.

Para evitar conflitos familiares e conseguir sua parte da herança de forma mais rápida e com menos complicações, alguns herdeiros procuram esses fundos de investimento alternativo, um mercado ainda muito novo no Brasil.

Acontece que, ao vender os direitos da herança, esses fundos lhe concederão apenas uma parcela dos bens, sendo ela determinada levando em consideração a chance do reclamante receber, de fato, esse dinheiro. Mas, por outro lado, vai livrar esse familiar de uma grande espera, diversas audiências e possíveis conflitos.

Essas gestoras que assumem a briga judicial e o direito a essa parcela do dinheiro assumem também o risco de não recebê-la. Mas caso consigam chegar ao final do processo vitoriosas, ficam com todo o dinheiro, exceto partes anteriormente acordadas com o herdeiro.

Há alguns casos de herdeiros brasileiros que procuram essas gestoras que oferecem algo tão novo no Brasil. Esse é o caso do filho de Eggon da Silva, fundador da Weg, que teve o seu relacionamento sanguíneo reconhecido apenas após a morte de seu pai. Outro que também procurou os serviços foi o filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, recentemente envolvido em escândalos.

Essas gestoras de fundo de investimento alternativo estão de olho no conflito judicial pelo patrimônio deixado por Waldomiro Zarzur, já que uma das filhas e herdeira afirma ter sido prejudicada na divisão de bens.

Outro conflito familiar causado por patrimônio é o da família da ex-diretora-presidente da Pernambucanas. Anita Louise Regina Harley, atualmente com 74 anos, está em coma desde 2016. No momento, está em disputa sua fortuna, que é estimada em R$ 1,85 bilhão.

Existem diversos motivos que fazem com que os herdeiros procurem essas gestoras para assumir a disputa. Um deles é a necessidade de ter o dinheiro em mãos rapidamente, principalmente para pagar dívidas ou sobreviver.

Pode haver também a desconfiança no processo de inventário e na gestão desse patrimônio. E muitas vezes essas disputas ocorrem em famílias grandes, envolvendo irmãos, filhos de outros casamentos, tios e pais.

O sócio da KR Capital, Rodrigo Farraz, conta que esse é um dos primeiros negócios a desbravar esse caminho em solo brasileiro. “Hoje existe um nicho para os fundos de legal claims, que é basicamente se associar a uma das partes em litígio e carrear essa briga”, explica Ferraz.

A KR Capital conta com seis casos finalizados e mais seis ativos nesse ramo. Quando a gestora assume o processo, a probabilidade de vencer o caso muda. Eles contam com uma equipe de advogados preparados para tal e também fazem toda uma investigação no caso, com equipes de profissionais em arte, joias e outros bens, para garantir o sucesso.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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