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Finanças

Homem que recebeu pensão do pai morto por 16 anos é obrigado a devolver todo o dinheiro

Decisão judicial obriga homem a devolver quase R$ 1,5 milhão ao governo após 16 anos de recebimento indevido de pensão.

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Um erro administrativo da previdência social da Espanha resultou em um caso inédito. Um homem das Ilhas Canárias, após 16 anos de recebimento indevido, foi condenado a devolver uma quantia substancial ao governo. O caso provoca discussões sobre a responsabilidade individual diante de falhas no sistema público.

O incidente começou em 1999, ano do falecimento do pai do homem. A viúva notificou o óbito para continuar recebendo o benefício de viuvez.

Contudo, devido a uma falha do sistema, os pagamentos da aposentadoria continuaram a ser depositados na conta, posteriormente transferida para o filho do falecido.

O erro foi descoberto somente em 2015, quando o banco detectou a irregularidade. O homem, que utilizava o dinheiro como se fosse seu, não informou as autoridades sobre a falha.

Este silêncio foi considerado um fator crucial na decisão do Supremo Tribunal, que o responsabilizou por má-fé.

Erro administrativo e silêncio do réu

O Supremo Tribunal da Espanha decidiu que a alegação de erro administrativo não foi suficiente para isentar o réu. Ele foi condenado a devolver 230 mil euros (R$ 1.491.571,85), pagar uma multa de 400 mil euros (R$ 2.594.038) e cumprir dois anos de prisão. A justificativa foi que o silêncio do réu configurou dolo ativo.

Inicialmente, o homem foi absolvido pelo Tribunal de Justiça das Ilhas Canárias. Contudo, a decisão foi revertida pelo Supremo após recurso do Instituto Social da Marinha.

Foto: Shutterstock

A condenação final trouxe novas discussões sobre a responsabilidade pessoal em casos de falhas públicas.

O caso levanta questões sobre até onde vai a responsabilidade do cidadão em casos envolvendo fraudes individuais e falhas operacionais.

Além disso, todo caso, mesmo que não tenha ocorrido no Brasil, serve como um alerta para situações semelhantes, destacando a importância da comunicação imediata de irregularidades às autoridades, sobretudo em caso de falecimento de aposentados que recebem aposentadoria.

Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, deu seus primeiros passos como redator júnior na agência experimental Inova. Dos estágios, atuou como assessor de comunicação na Assembleia Legislativa de Goiás e produtor de conteúdo na empresa VS3 Digital.

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