Curiosidades
IBGE mostra aumento de mulheres consumidoras de bebidas alcoólicas no país
Entre 2013 e 2019, o número consumidores de bebidas alcoólicas aumentou no Brasil, de acordo com o IBGE.
Segundo o levantamento feito pelo IBGE, 26% das pessoas bebem, pelo menos, uma vez por semana. Outro dado interessante é que o número de mulheres que consomem bebidas alcoólicas aumentou mais que o dos homens. Entre o mesmo período, houve um aumento de 31,8% entre as mulheres, contra 2,1% entre os homens.
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Segundo Rafael Araujo, criador da maior loja virtual de cachaça do mundo, hoje em dia quase não se tem mais preconceito com mulheres que bebem, como se tinha no passado, e que inclusive as mulheres estão passando de consumidoras de cachaça para produtoras.
Como é o caso de Viviane Bassi, que é uma das herdeiras da Cachaçaria Bassi, que foi fundada por seu avô Paulo Bassi e seus filhos. Hoje ela é técnica e produtora do negócio, que fica em Santa Maria no Paraná.
A jornalista Cris Amin também é produtora da bebida, a Cachaça Tiê, premiada no 20º concurso de Vinhos e Destilados do Brasil.
Na loja de Rafael Araújo, a Cachaçaria Nacional, também houve um aumento no número de acesso entre as mulheres. Em 2020, o total de mulheres que acessaram o site foi de 96.830, e em 2021 o número subiu para 280.960, um aumento de 190,16%.
Entre as mulheres que finalizaram a compra o número também foi maior em 2021, sendo que 1.594 mulheres compraram em 2020, contra 4.057 em 2021.
Segundo Rafael isso se dá ao maior tempo que elas passaram em casa durante pandemia, descobrindo que a cachaça é uma bebida muito saborosa.
Marlene Pinto de São Paulo começou a provar cachaça ainda quando jovem, e percebeu que entre elas havia gostos distintos. Foi então que resolveu fazer um curso sobre cachaças, para aprender sobre o processo de produção e conhecer bebidas de todos os cantos do país.
Ao descobrir a Cachaçaria Nacional, ela passou a ser sócia do clube da loja e agora tem um estoque de bebidas em casa.
Infelizmente, Marlene já passou por situações de preconceito por ser mulher e gostar de bebida: “Quando alguém faz algum comentário maldoso ou depreciativo, eu geralmente conto um pouco mais sobre a história da cachaça, como ela é produzida, e a pessoa acaba ficando sem jeito e sem argumentos, tanto que, entre meus amigos, eu sou conhecida como a degustadora de cachaça”, ela diz.
Marlene espera seu certificado de cachacier e se encanta cada vez mais pela profissão de sommelier de cachaça. “A cachaça é uma bebida bastante versátil e que carrega o DNA do nosso país”, diz ela.
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