Ibovespa segue Nova York e tem queda

O índice acionário brasileiro acompanha o desempenho negativo de Nova York. Às 11h15, o Ibovespa registrava queda de 0,57%, aos 99.106 pontos. Ontem, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manteve a taxa de juros perto de zero e garantiu que vai deixá-la nesse patamar até que a inflação esteja em vias de “superar moderadamente” sua meta de 2% “por algum tempo e o mercado de trabalho tenha atingido níveis consistentes.

No entanto, a fala do presidente da autarquia Jerome Powell, acendeu a luz amarela. Powell afirmou que ainda existem dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia do país em meio aos desafios do coronavírus.

Para corroborar com a cautela, a economista-chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart, afirmou que a recuperação econômica global pode demorar até cinco anos. “Provavelmente haverá uma recuperação rápida quando todas as medidas de restrição relacionadas aos bloqueios forem suspensas, mas uma recuperação completa levará até cinco anos”, disse Reinhart durante participação em conferência realizada em Madri.

Por aqui, a cena política continua agitada. Depois de afirmar que não haveria mais Renda Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e autorizou o senador Marcio Bittar a criar um novo programa social. O mercado segue querendo saber de onde virão os recursos para esse programa.

Do lado corporativo, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, disse que a Magazine Luiza pode estar interessada em comprar os Correios. A ação da companhia cai 1,45%.

A agência de classificação de risco Moody’s, elevou a classificação de risco da Eletrobras de “Ba3” para “Ba2”. Os papéis tinham leve alta de 0,14%.

As “blue chips” Vale e Petrobras contribuem para puxar o Ibovespa para baixo. O papel da petroleira registrava queda de 0,23% e o da mineradora, – 0,59%.

Em Nova York, o índice Dow Jones cedia 0,45%, aos 27.906 pontos e o Nasdaq recuava 1,35%, aos 10.903 pontos.