IGP-M tem alta de 3,28% em novembro pressionada pela inflação ao produtor

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 3,28% em novembro, após avanço de 3,23% no mês anterior, uma vez que os preços das commodities no atacado pressionaram o índice. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O resultado ficou um pouco acima da expectativa em pesquisa da Reuters para o dado mensal, cuja projeção era de uma alta de 3,22%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 4,26% em novembro, depois de ganhar 4,15% no mês anterior.

O grupo Matérias-Primas Brutas ganhou 5,60% em novembro, ante 5,55% em outubro. Já os Bens Intermediários registraram alta de 4,07%, ante 3,74% no mês anterior.

De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços, o avanço nos preços de commodities agropecuárias importantes colaboram para a consolidação do IPA, e consequentemente, para a alta do índice geral. “Nesta edição, destacaram-se milho (10,95% para 21,85%), trigo (2,32% para 19,20%) e bovinos (6,92% para 7,40%)”, acrescentou.

Já a pressão para o consumidor ficou ligeiramente mais fraca, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, subiu 0,72% neste mês, de alta de 0,77% em outubro.

O grupo que mais contribuiu para esse resultado foi o de Educação, Leitura e Recreação, que desacelerou sua alta de 3,10% para 1,44% em novembro, refletindo o arrefecimento do preços das passagens aéreas.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, desacelerou a alta a 1,29% em novembro, depois de subir 1,69% em outubro.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.