Iguatemi suspende descontos a lojistas no 3º tri e espera recuperação nas vendas

A Iguatemi registrou avanço de 13% na inadimplência de seus lojistas no terceiro trimestre frente igual período de 2019, mas a empresa parece não estar preocupada com isso, já que vem observando uma continuidade na tendência de recuperação nas vendas do quarto trimestre, em meio ao relaxamento das medidas para conter a pandemia.

Na quinta-feira, a Iguatemi informou que a taxa de inadimplência de seus shoppings no terceiro trimestre foi de 13,4%, alta ano a ano, mas queda frente aos 26,2% observados no trimestre anterior.

“A extrapolação da crise sanitária que vivemos sobre o comportamento do consumidor é absolutamente equivocada…As pessoas cansaram de ficar em casa e aprenderam a circular pelas ruas”, disse o  presidente da Iguatemi, Carlos Jereissati, acrescentando que alguns shoppings já estão com fluxo de visitantes positivo frente o ano passado.

Em outubro, o desempenho das vendas nos shoppings da empresa “foi excelente”, disse a vice-presidente financeira, Cristina Bettis. “Temos um terço dos shoppings acima do que foi em 2019”, afirmou.

Às 11h55, as ações da Iguatemi registrava alta de 1,05%, após abertura em queda, entre os destaques positivos do Ibovespa, após teleconferência na qual que os executivos defenderam a postura da companhia em ser “mais agressiva” na cobrança de aluguéis dos lojistas no terceiro trimestre em comparação ao segundo trimestre, quando a empresa ofereceu grandes descontos.

“Outubro, mesmo com restrições presentes e nem todas as operações funcionando, mostrou vendas positivas”, disse Jereissati.

A respeito da vacância, o executivo apontou que fatores como IPOs de empresas de varejo e marcas novas expandindo operações tem ajudado, e acrescentou, sem citar nomes, que empresas internacionais de varejo vão inaugurar pontos de venda nos shoppings da Iguatemi em 2021.

No quarto trimestre alguns shoppings da companhia “já estão zerados” em termos de descontos de aluguéis a lojistas, afirmou Bettis sem detalhar.

Não houve comentários dos executivos a respeito das perspectivas para as vendas na temporada de compras formada pela Black Friday, no fim de novembro, e o Natal. “Vamos esperar o trimestre acabar para falarmos de Natal. Ainda está volátil”, finalizou Bettis.