Economia
Impasse político deve ditar o ritmo dos negócios na Bolsa
Mercado aguarda discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de sinais sobre a condução da política monetária do país.
A tensão política deve continuar ditando o rumo dos negócios por aqui, com o mercado de olho no discurso que o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, fará hoje no encontro anual de bancos centrais. Às 9h05 , o índice futuro do Ibovespa registrava leve alta de 0,05%, aos 100.582 pontos.
Ontem, durante discurso em evento em Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pode “tirar dos pobres para dar aos paupérrimos” e que não levaria a proposta apresentada pela equipe econômica adiante. A afirmação foi suficiente para trazer nervosismo aos negócios e levar a Bolsa a perder, momentaneamente, os 100 mil pontos.
O impasse entre a agenda popular do presidente e a responsabilidade fiscal defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, fez crescer no mercado as especulações sobre a permanência do ministro no cargo. No fim do dia, no entanto, a pasta soltou um comunicado negando a saída de Guedes.
Terça-feira, 25, durante reunião com a equipe econômica para a apresentação da proposta do Renda Brasil, o presidente enfatizou que não gostou do que foi apresentando e deu o prazo até amanhã, 28, para que a equipe apresente um novo projeto. O ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou ontem, em entrevista à rádio Bandeirantes, que a nova proposta será divulgada amanhã, no final da tarde.
Um dos impasses entre Guedes e Bolsonaro é sobre o valor do auxílio emergencial. A equipe econômica sugeriu algo em torno de R$ 200,00, mas o presidente está querendo um pouco mais, R$ 300,00. A proposta de Bolsonaro tem o apoio do Congresso, o que dificulta ainda mais os argumentos do ministro.
Enquanto o mercado aguarda o desenrolar desse impasse, hoje, o foco será o discurso do presidente do Fed, Powell. Os investidores estão em busca de sinais sobre a condução da política monetária no país. Para o operador da mesa institucional da Renascença DTVM, Luiz Roberto Monteiro, o mercado pode se frustrar. “Acho que não vai ter novidade. A taxa de juro lá é praticamente zero, o governo já injetou milhões e milhões na economia, não vejo muito espaço para novidades”, estima o profissional.
Às 9h05, o índice futuro Dow Jones perdia 0,25%, aos 28.241 pontos.
Logo mais, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego e a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do país referente ao segundo trimestre deste ano.

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